Paulo Teixeira Pinto no Parlamento:
Perdão de dívidas a filho de Jardim Gonçalves Goes Ferreira: "Nunca foi chamado à minha atenção por terem decorrido em período anterior ao meu mandato. Nunca tive qualquer intervenção nesses dois processos".
Financiamento para compra de acções próprias: Teixeira Pinto diz que proibiu essas operações. "Por princípio não concordo com financiamento para comprar acções do banco".
Pequenos accionistas: nunca teria feito a campanha para atrair pequenos accionistas se fosse presidente. "O próprio conselho de administração da altura, se soubesse o que se sabe hoje, teria feito de forma diferente". (...)"Conseguiram resolver-se uma quantas situações".
Financiamento de off-shores: "Não tenho presente, quase estou em condições de garantir, não houve nenhuma decisão sobre financiamento a 'off-shores' no tempo em que assisti às reuniões da administração na qualidade de secretário da sociedade" (...)"Seguramente esse tipo de decisão não consta de nenhuma acta de reuniões a que eu tenha presidido".
Jardim Gonçalves no Parlamento (à tarde):
Perdão de dívidas ao filho: "Todo esse mundo de decisão de crédito, seja a quem for – empresas ou particulares – era algo que passava pelos serviços do banco. Ninguém tinha poder para, individualmente, decidir créditos".(...)"Se houve uma ou outra empresa que falhou, que não estava na lista, eu não tenho nada a ver com isso". "nunca tive intenção de esconder o que quer que fosse de um familiar meu"
Financiamento para compra de acções próprias:
Pequenos accionistas: "O banco nunca enganou ninguém" (...) "Muitos clientes gostaram porque lhes deu bom dinheiro durante anos". A campanha "vantagem accionista" teve como objectivo "persuadir e isso não é obrigar (...) e cada um decide por si, as pessoas são maiores de idade". "Essa figura de pequenos accionistas com problemas não existe (...) há é clientes que podem, num determinado momento, ter um problema que tem de ser analisado pelo banco"
Financiamento de off-shores: Recusou falar no assunto por estar sob investigação. Se há mais off-shores, disse, tem de se esperar pelas investigações.
Saudades do que nunca tivémos, comissões de inquérito parlamentar à americana, com consequências e questões difíceis de responder.
Ninguém sabia de nada. O que, acreditando na palavra dos banqueiros que estiveram á frente do maior banco privado português, é muito grave. Entre saberem o que se afirma que fizeram e não saberem, não sei de facto o que é mais grave.
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