quinta-feira, 15 de abril de 2010

Portugal, a seguir à Grécia

No New York Times Debt Crisis Watch Turns to Portugal em destaque no Google.
O texto é uma descrição terrível da situação económica e financeira portuguesa.
Alguns exemplos:
  • Portugal e a Grécia são os países com a mais baixa taxa de poupança entre os países desenvolvidos.
That Greece and Portugal are among those in the worst trouble is well known, with both likely to be ensnared in a trap of stubbornly high debt, weak competitiveness and stagnant growth for years. Less remarked upon is that their savings rates — 6 percent of gross domestic product for Greece and 7.5 percent for Portugal — are the lowest by far among developed countries. By comparison Italy has a savings rate of 17.5 percent, Spain 20 percent and France and Germany at 19 percent and 23 percent, respectively.
  • Baixas reservas de capital, aumento do custo do financiamento e dificuldades em gerar receitas fiscais pelo efeito recessivo que as medidas de austeridade são "uma combinão tóxica"
For Athens and Lisbon, it is a toxic combination: low reserves of capital at a time that the cost of new debt is increasing, while their ability to generate tax revenue needed to pay for these obligations is shrinking because of tough austerity measures.
  • Os Estados Unidos e o Reino Unidos têm problemas semelhantes mas Portugal tal comoa  Grécia não podem desvalorizar a sua moeda
(...) unlike the United States and Britain, Greece and Portugal, as members of the euro zone, do not have the luxury of printing money to depreciate their currencies and thus export their way to recovery.  Portugal, perhaps even more than Greece, has suffered in this respect [impossibildiade de desvalorizar a moeda]. Portuguese exporters have been losing market share to competitors since entering the common currency in 2000. That, in turn, has pushed the government to borrow from abroad to finance the current account deficit, thus pushing debt to current levels.

  • Portugal, contrariamente à Grécia, Irlanda e Espanha, não benefeciaram do período de crescimento induzido pelas baixas taxas de juro.
More serious, Portugal, unlike Greece, Ireland and Spain, did not experience the positive effects of the long period of growth reflecting low interest rates and has not experienced any improvement of its G.D.P. per capita over the past 15 years.

Uma descrição aterradora da situação em que está Portugal e dos riscos que pode enfrentar.
A taxa de poupança passou a ser um dos indicadores de referência para quem está a analisar as economias em risco na Zona Euro.

2 comentários:

Anónimo disse...

Teixeira dos Santos chama ignorante a este senhor. Eu chamo-o a ele ignorante. Porque mais do que Sócrates, Dos Santos é o principal responsável da situação Portuguesa.O fundamentalismo fiscal, a sobrecarga brutal dos últimos anos ditaram uma taxa de poupança miserável para a maior parte da população Portuguesa fora do quadro da política, mesmo se muitos já têm mais formação e qualificações que a incompetência no poder.

Anónimo disse...

...aliás a taxação das mais valias, com taxas de 20% não competitivas face a um quadro de periferia dará uma nova machadada no mercado de capitais e por via disso na economia Portuguesa. Tal como a incompetitividade reinante propalada há muito pela classe empresarial. Um país onde os cofres do Estado são o único objectivo para manter uma classe parasitária, tem pouco futuro! Tenham coragem e cortem o subsídio de natal, deixem-se de aeroportos e TGV, juntem empresários para investir em viaturas eléctricas e em sectores transaccionáveis, incentivem verdadeiramente o empreendedorismo sem burocracias e perseguições de Estado e... talvez haja luz ao fundo do túnel!