segunda-feira, 26 de abril de 2010

Abalos cada vez mais forte na Zona Euro

Os investidores continuam a desfazer-se de títulos de dívida pública portuguesa:
  • Yield das OT a 10 anos atingiu os 5,126%, a taxa mais alta desde 2002
  • A diferença (spread) em relação aos títulos alemães equivalentes (bunds a 10 anos) chegou aos 209 pontos base, o valor mais alto desde 1997 quando Portugal ainda tinha o escudo.
  • A Grécia vive aina piores momentos. Os seus títulos de dívida pública a dez anos está em 9,385%, nos cinco anos atinge os 10,105% e na maturidade a dois anos chega aos 12, 868%. Agrava-se a inclinação negativa da 'yield curve', com a diferença entre os dez e os os dois anos a mais de 3%. (300 pontos base).
Apesar dos mais diversos avisos, os investidores estão com margem para ganhar dinheiro, explorando o arrastamento de uma solução efectiva para a Grécia.

Enquanto a divisão reinar na Zona Euro, vão-se ganhar milhões.

Vale a pena ler a entrevista de Paul de Grauwe  hoje no Negócios (só versão em papel). De Grauwe foi um dos economistas que mais alertou para as fragilidades da arquitectura da União Económica e Monetária antes de o euro ser lançado. Hoje confirma-se que, afinal, existem os choques assimétricos - neste caso provocados pelos mercados que discilinam sempre tarde e a más horas.

3 comentários:

Grunho disse...

Visto da Economia
Cara Helena Garrido.
Ainda não deste conta que é o €uro (a política que o define e condiciona) que vai rebentar a UE, definir os seus limites e acabar por desintegrá-la?

Manuel Brás disse...

... Até que dancemos um "corridinho" do euro!

São muitos milhões a vencer
de dívidas para pagar,
há quem nos queira convencer
que não nos irão fustigar.

Com essas dissertações florais
a festança não irá parar,
tantos problemas estruturais
continuarão por reparar.

A carga fiscal castradora
de muitas iniciativas
é por demais reveladora
de políticas defectivas.

Serão quatro vencimentos
de uns milhões por liquidar,
com os parcos rendimentos
do país quase a saldar.

J. de Lencastre e Arrayolos disse...

É necessária a saída imediata de Portugal do Euro. Imediata. Para que este povo recomece a trabalhar. É preciso pegar na enxada e no arado. As comissões de inquérito, os advogados de gravatinha a falarem de mentecaptos (Lenine e Rosa Luxemburgo), o total desnorte da justiça, a impunidade , a preguiça, a burla acabarão de imediato. Volta ESCUDO! Vamos trabalhar para baixar o nível de colesterol. E ainda haverá alguém para negociar com a velhota Inglaterra. E com o seu esterlino. Hoje como em 1382. Saíamos do euro. Enquanto é tempo. A Espanha também já está com o bicho na fruta... É urgente. Viva o escudo!