Uma das consequências desta crise da Grécia será o reforço da integração económica, sob a forma de transferência de mais poderes nacionais para a esfera da Zona Euro.
O próximo Orçamento do Estado português poderá ser já pré-avaliado pela União Europeia, no quadro do novo mecanismo de coordenação das políticas económicas que foi discutido na reunião dos ministros das Finanças na sexta-feira e que será formalmente proposto pela Comissão Europeia em Maio.
O nome: Semestre Europeu de Política Económica.
“Os Estados-membros”, de acordo com a proposta, “submeteriam as suas propostas concretas de Orçamento durante a Primavera de forma a serem analisadas e avaliadas pela Comissão e pelos ministro das Finanças”, afirmou Olli Rehn na sexta-feira citado pelas agências noticiosas. Este procedimento “poderia e deveria levar a recomendações para que os Estado-membros adoptassem medidas adicionais.
A notícia pode ser lida aqui.
Claro que os Estados-membros do euro estão a sublinhar que a decisão sobre as contas públicas se manterá uma soberania nacional. Claro, se não fizerem asneiras.
Pode ser que finalmente assim alguns países como Portugal consigam resolver o seu problema orçamental.
E que se consiga evitar o pior - o desmembramento do euro.
Este reforço da integração europeia - menos soberania nacional nas contas públicas - já estava a ser antecipado durante a semana que passou pelos analistas e economistas dos bancos.
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