sexta-feira, 16 de abril de 2010

O poder dos accionistas (na EDP)

Ficámos hoje a saber o pouco poder que os accionistas da EDP têm, mesmo que seja um que tenha 20% do capital.

O presidente da assembleia-geral da EDP Rui Pena a proposta da Parpública para limitar os salárioos dos gestores "não é admissível" como ponto de discussão no encontro de accionistas de hoje porque "só a Comissão de Vencimentos tem legitimidade" para fazer propostas de aletrações dos salários dos gestores, como se pode ler hoje no Negócios.

Rui Pena explica que "não está em causa qualquer restrição ao exercício direito de participação dos accionistas" porque poderão discutir essa questão quando for apresentada a proposta oportunamente pela Comissão de Vencimentos".

Na pureza dos modelos que inspiraram a sua criação na sequência de trabalhos realizados por economistas e juristas que se dedicaram ao estudo do governo de sociedades em que os donos não controlam a gestão, as comissões de vencimentos foram sugeridas como ferramentas para impedir os abusos de quem controla a gestão.

Se um accionista com 20% do capital - e vamos esquecer que estamos a falar do Estado - não consegue alterar as regras ou propor mudanças numa reunião de accionistas - porque está limitado por um monopólio concedido à comissão de vencimentos - alguma coisa está errada no desenho das regras.

1 comentário:

Grunho disse...

Há muito tempo que alguma coisa alguma coisa está errada no desenho das regras.
Ainda não tinhas dado conta?