sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Campos e Cunha e o BCP

O ex-ministro das Finanças e ex-governador do Banco de Portugal escreve hoje um importante artigo no Público sobre o 'caso BCP' que está sintetizado aqui (sem link disponível no Público).

Campos e Cunha põe o dedo em algumas feridas:
  1. Como foi possível a auditora KPMG não ter dado conta de nada, dando o seu acordo às provisões de 200 milhões de euros? De facto, como escrevi aqui, no caso Enron foi a auditora que até acabou por morrer uma das principais questionadas quanto à informação dada pelos relatórios e contas.
  2. Os dados que provam a existência de irregularidades - que não se sabem bem quais mas podem ser transacções em bolsa através de sociedades em paraísos fiscais posteiores aos aumentos de capital - foram entregues por pessoas ou pessoa que pertencem ao topo da hierarquia do BCP a um accionista em vez de o fazer ao Banco de Portugal ou à CMVM.

5 comentários:

Rui Caetano disse...

ESta história do BCP está muito mal contada. No mundo financeiro as regras são pouco claras. Uma é clara, tem de dar lucro.

Anónimo disse...

Considero o Prof L Campos e Cunha uma das pessoas mais validas deste país. Tal como ele não entendo uma série de processos que ocorreram, mas acima de tudo não entendo como alguém com responsabilidade pode entregar um dossier (cópias), para "vingança" pessoal, esquecendo as suas responsabilidades no processo e as suas responsabilidades perante o mercado.O Dr Vitor Constancio, substitui-o a equipa da qual fazia parte o Dr L Campos e Cunha como Vice Presidente, discordo aqui do ponto que o Dr V Constancio, nada podia ter feito, espero que agora o faça, tudo aquilo que lhe é pedido é que dê confiança ao sistema e aos investidores.

Anónimo disse...

Será que o BCP financia a actividade da KPMG?
E a CGD em vez de se preocupar em financiar a actividade das PME portuguesas, financia a actividade especulativa do Sr. Berardo?
Agora percebemos o convite aos administradores da CGD!

Anónimo disse...

O facto é que ninguem foi acusado de absolutamente nada. Existem insinuações, destruição de riqueza, abrandamento dos negócios, destruição de pessoas.
O banco central por meias palavras criou uma enorme instabilidade numa instituição de respeito(ainda ninguem provou o contrário), mais desregulando do que regulando. E por isto alguem devia ser responsabilizado, porque são os factos concretos que todos podemos ver, a desregulação a calúnia, e o mal dizer, suportados pelas entidades reguladoras. A CMVM tambem, porque desta forma o BdP está a influir na flutuação do titulo.
Se existe algo a apontar digam de vez, esclareçam em vez de obscurecer.

Anónimo disse...

Sou só um cidadão com dúvidas, que gostava de entender melhor este caso, tão estranho...
Assim se bem percebi, pelo que li:
Assaltaram o banco e roubaram uns documentos. Todos, ou alguns desses documentos, foram entregues a um particular (a troco de vá-se lá saber o quê...), que funcionou como receptador do roubo. Esse receptador vai com os documentos roubados às autoridades, motivado por objectivos pessoais, que o saúdam, por ter documentos roubados. As autoridades fazem uma espécie de acusação. O ladrão é bem sucedido. O receptador conclui mais um negócio com sucesso. Há um monte de srs. importantes que estão tramados sem se perceber porquê.
Porreiro pá...