Olhar para as políticas e ciclos económicas e os ciclos políticos é sempre muito interessante.
Só conheço um trabalho para Portugal de Manuel Agria em que confronta as despesas de investimento com os calendários eleitorais - lá seguem o padrão esperado, aumentam os investimentos quando se aproximam as eleições.
Outros trabalhos internacionais - não me recordo exactamente das referências - mostram que a decisão do eleitor tem um racional - a sedução não pode ser feita nem muito perto das eleições (demasiado descarada?) nem muito afastada (a memória é curta) para que o voto vá para quem usou as políticas económicas para ganhar as eleições.
O PS pode ter a sua vitória eleitoral assegurada por causa da crise - é cedo para o dizer porque, apesar da longa lista de presentes no Orçamento a crise económica chegará aos nossos bolsos com gravidade já em 2009 - já o eleitor se pode ter esquecido destas ofertas - e a violência da crise pode ser tal que a decisão de votar acabe por ser uma decisão de castigar.
Se as eleições fossem no início do ano de 2009 dificilmente o PS perderia o poder. A crise, neste momento parece que salvou o Governo. Vamos no fim de 2009.
A crise não salvou os Republicanos de George W. Bush
Mas a crise pode ter salvo Gordon Brown - menos mediático que Tony Blair, Browm identificou bem o problema - um dos maiores segredos para encontrar as soluções.
1 comentário:
Dificilmente o PS perderá o poder, mas quase de certeza perderá a maioria absoluta.
Luís Lavoura
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