Atenção Helena Garrido: não trata de nacionalização, embora recentemente o termo esteja a ser usado incorrectamente nesse sentido. Trata-se de intervenções do Estado em processo de pré-liquidação de instituições de crédito. Nacionalizações são transferências para o sector público, e isso não tem havido. Não me leve a mal, mas digo-lhe isto porque aprecio muito o que escreve e custa-me vê-la utilizar terminologia incorrecta, embora corrente.
Caro commonsense, Não levo absolutamente nada a mal. Pelo contrário, agradeço. (E digo com toda a sinceridade - racionalmente, fico a ganhar com as críticas e alertas - :-) Mas será abusivo falar em "nacionalização" mesmo em sentido lato quando o Estado alemão passa a controlar 25% do banco?
Cara Helena Garrido, Economicamente pode talvez falar-se nesse sentido, porque o que interessa, no fundo, é o controlo; mas em sentido jurídico-político, nacionalizar significa integrar no sector público e, em princípio, definitivamente. Foi isto o que sucedeu com as nacionalizações de 1975. Quer dizer, uma coisa é o Estado ser dono de inúmeras casas em propriedade privada e outra o estatuto jurídico da Torre de Belém (espero bem que não venha a ser privatizada). Se um banco for nacionalizado passa para o domínio público do Estado; nos casos que hoje se costumam referir, passa para o seu domínio privado. Depois de economicamente "saneados" o Estado deve vender. A confusão nasceu com a tomada de controlo do Northern Rock pelo governo inglês que imediatamente o partido conservador acusou de nacionalização. Depois a evolução semântica (talvez já se possa qualificar assim) generalizou-se. É semelhante com o uso, hoje, comum do termo tsunami, que em português se diz maremoto. Creio que o Estado Alemão não tomou esse lote de acções para o inetgrar no domínio público. Em tdo o caso, talvez eu esteja a ser conservador e a tentra travar a evolução natural do sentido das palavras. Tudo isto sem prejuízo da grande consideração que tenho por si e do muito que aprecio o seu blog.
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Atenção Helena Garrido: não trata de nacionalização, embora recentemente o termo esteja a ser usado incorrectamente nesse sentido. Trata-se de intervenções do Estado em processo de pré-liquidação de instituições de crédito.
Nacionalizações são transferências para o sector público, e isso não tem havido.
Não me leve a mal, mas digo-lhe isto porque aprecio muito o que escreve e custa-me vê-la utilizar terminologia incorrecta, embora corrente.
Caro commonsense,
Não levo absolutamente nada a mal. Pelo contrário, agradeço. (E digo com toda a sinceridade - racionalmente, fico a ganhar com as críticas e alertas - :-)
Mas será abusivo falar em "nacionalização" mesmo em sentido lato quando o Estado alemão passa a controlar 25% do banco?
Cara Helena Garrido,
Economicamente pode talvez falar-se nesse sentido, porque o que interessa, no fundo, é o controlo; mas em sentido jurídico-político, nacionalizar significa integrar no sector público e, em princípio, definitivamente. Foi isto o que sucedeu com as nacionalizações de 1975. Quer dizer, uma coisa é o Estado ser dono de inúmeras casas em propriedade privada e outra o estatuto jurídico da Torre de Belém (espero bem que não venha a ser privatizada). Se um banco for nacionalizado passa para o domínio público do Estado; nos casos que hoje se costumam referir, passa para o seu domínio privado. Depois de economicamente "saneados" o Estado deve vender.
A confusão nasceu com a tomada de controlo do Northern Rock pelo governo inglês que imediatamente o partido conservador acusou de nacionalização. Depois a evolução semântica (talvez já se possa qualificar assim) generalizou-se. É semelhante com o uso, hoje, comum do termo tsunami, que em português se diz maremoto.
Creio que o Estado Alemão não tomou esse lote de acções para o inetgrar no domínio público.
Em tdo o caso, talvez eu esteja a ser conservador e a tentra travar a evolução natural do sentido das palavras.
Tudo isto sem prejuízo da grande consideração que tenho por si e do muito que aprecio o seu blog.
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