domingo, 23 de novembro de 2008

Está viabilizada a comissão de inquérito parlamentar ao BPN.
Há muito a explicar, como diz Vital Moreira.

Dias Loureiro não consegue explicar como fez o alerta ao Banco de Portugal se não sabia de nada.
António Marta afirma que a conversa que Dias Loureiro diz ter tido com ele não existiu.
O governador do Banco de Portugal ouvido no Parlamento chegou a dizer que se houve queixas foi no sentido de se estar a acompanhar demasiado de perto o BPN.

A supervisão é, há décadas, feita no pressuposto que os banqueiros são idóneos.
Como Jacinto Nunes explicou no Negócios (Weekend publicado na sexta-feira), a supervisão era feita ao almoço.
Detectadas as irregularidades, o passo seguinte era uma reunião com o banqueiro para corrigir a situação.
"Somos todos pessoas civilizadas, que resolvem os problemas de forma civilizada" - é e era o princípio.
"Os problema nos bancos têm de ser resolvidos na discrição dos gabinetes por causa dos efeitos catastróficos que a sua resolução em praça pública podem ter na confiança no sistema financeiro e na economia" - é outro grande princípio.

Somos todos civilizados até a violência da realidade acabar com a civilidade.
O BPN foi apanhado pela violência da realidade e ninguém reparou.

Oliveira e Costa agora preso não pode ser o único.

As notícias
que se podem ler:
Portugal Digital
E ver (em que Dias Loureiro diz que vai ao banco central pelo 'brua' que se ouvia)
RTP

1 comentário:

Anónimo disse...

Em Portugal a Justiça é uma treta.
Os ricos e os poderosos não são presos.
Tudo isto vai acabar em nada.
Penas de prisão efectiva, nem pensar.
Na pior das hipóteses sai-se do país.
A coisa esta a ficar madura para explodir socialmente e não se vê nimguém para liderar a malta.
Lamentavelmente, sinto que o regime pode tremer.
Esticar demasiado a corda pode ser desastroso.
Estamos todos estruturalmente saturados desta palhaçada.
As ditaduras crescem bem nestes ambientes.