sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Perspectivas

De regresso.
Os tempos têm estados difíceis, instáveis, complicados, complexos para quem tem a pretensão de acompanhar a realidade económica e financeira e tentar compreender o que se passa e especialmente o que vai acontecer.

Está a ser um ano impróprio para quem preza a estabilidade. E a actividade económica é amiga da estabilidade.

Na primeira metade do ano tivémos o petróleo em máximos, as matérias-primas em máximos, ameaças se forte subida na inflação... E a ilusão que o terramoto financeiro tinha sido resolvido.

No último trimestre - especialmente após a falência da Lehman Brothers - as réplicas do terramoto financeiro foram ainda mais violentas. As autoridades ficaram desorientadas, aparentemente tinham-se convencido que o problema estava ultrapassado.
De repente enfrentamos de novo a crise financeira, a perspectiva de aperto acentuado de crédito, o petróleo e as matérias-primas a afundarem-se e a ameaça de queda de preços com recessão.

O ano de 2009 promete ser especialmente difícil.
O aperto na concessão de crédito começa agora a fazer os seus estragos.
A recessão é inevitável. E ninguém arrisca dizer se vai durar pouco, como no passado, ou muito tempo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Para quem tém liquidez e uma fonte segura de rendimentos os tempos podem vir a ser de grandes oportunidades.
Na perpectiva de uma rotura sistémica e de um cenário de deflação, levanta-se o dinheiro, põe-se debaixo do colchão e espera-se que a desgraça chegue.Depois compra-se tudo a preço de saldo.
A crise não é igual para todos e pode afastar ainda mais os ricos dos pobres.
Para os ricos, o desafio será chegar ao banco antes do "corralito" e não ter pela frente uma explosão social incontrolável e imprevisível.
A crise de uns poderá ser o negócio do século de outros.
Quanto à classe-média endividada e com tiques de novo-riquísmo,o panorama é completamente diferente.
Para esses nada de bom se augura.
Meter tudo no mesmo saco é puro ilusionísmo...