segunda-feira, 8 de junho de 2009

Crise e escolhas

O que pode significar a Europa virar ainda mais à direita com o que todos dizem ser uma crise do capitalismo?

3 comentários:

João Pinto e Castro disse...

Basicamente, quer dizer que isto ainda vai dar muita volta.

Helena Garrido disse...

Pois não tenho a certeza disso. A direita pode não querer dizer mais mercado mas mais regulamentação com uma diferença face à esquerda - aplicada a sério. Mas nems disto estou certa. Há muita poeira no ar.

Jorge disse...

Escandalo e nao aproveitar o presente politico que e a crise para de uma por vez por todas introduzir um choque na economia que nos tire deste longo periodo de desinflacao competitiva.
Olivier Blanchard descreve-o melhor que ninguem.
So ha uma solucao menos dolorosa para acelerar este periodo de reajustamento: aumento rapido da produtividade.
Para isso e preciso mudar muita coisa na lei do trabalho, obviamente proteger o empregado mas nao o emprego.
Mas tambem noutros problemas estruturais, como a educacao e o numero de pessoas a trabalhar ou na funcao publica ou em mercados que na pratica nao actuam em verdadeira competicao. Espanha renegoceia a utilizacao de fundos estruturais para reeducar e pagar desempregados.
Nos escolhemos mais autoestradas.
O dinheiro que ja se gastou e se esta pronto a gastar http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1385838&idCanal=12
representa a melhor solucao que o governo consegue pensar.
Nao havera formas mais eficazes de se aumentar a produtividade?
Cadilhe propoe medidas draconianas, mas pelo menos um choque e capaz de nos enviar para um caminho de convergencia mais sustentavel.
Governos introduzem medidas de excepcao, solucoes pouco ortodoxas dada a ineficiencia da politica monetaria. Porque nao discutir utilizar este contexto para de uma forma digna para os afectados mudar de uma vez por todas a competitividade de Portugal?
Ouro + autoestradas + tgv, todo este dinheiro consegue sustentar programas de apoio e incentivo ou mesmo seguranca social. Nao sera o multiplicador destes apoios maior do que o multiplicador de investimento publico em autoestradas?
Que angustia.