sábado, 8 de maio de 2010

É, de facto, um susto

As taxas de juro que os investidores estão a exigir para emprestar a Portugal, são d efacto um susto.

Krugman viu como se pode ler aqui e no sue blogue com o título "O Nao"  o que o jornalista do Negócios André Veríssimo detectou pouco depois do mercado fechar, com o título "Risco de incumprimento de Portugal segue padrão da Grécia".

Na sexta-feira a "yield curve" inverteu pela primeira vez para Portugal (depois disso já ter acontecido com a Grécia): os investidores exigem uma taxa de juro mais elevada no curto prazo que no longo prazo, colocando a yield curve positivamente inclinada apenas até aos três anos e negativamente inclinada a partir daí.

No fecho de mercado de sexta-feira em Lisboa estávamos assim:
a yield a 3 anos - 6,4%;
yield a 10 anos - 6,2%.

Pelo link que Krugman fez ao WSJ podemos ver como estavam as taxas d ejuro das Obrigações do esouro nas diversas maturidades:

Ainda se torna mais assustador quando se olha para o que se passava há um mês ou há um ano em Portugal:

 
Para empréstimos com o prazo de dois anos exigem hoje à República portuguesa mais 7 pontos percentuais que há um ano. Imagine-se o que que se está a exigir a instituições financeiras portuguesas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Se as coisas continuam assim vamos acabar por sair do Euro.
Antes disso vamos passar por situações negras, com corridas a bancos e congelamento de depósitos.
Vivemos tempos perigosos.
Só com medidas políticas de grande arrojo se consegue inverter de forma airosa este cenário.
A próxima semana promete ser escaldante.

Hugo Lourenço disse...

Não acredito que Portugal saia do Euro. É mais provável que se adoptem medidas semelhantes às gregas e que a UE tenha a mesma atitude para com Portugal se se chegar à mesma situação.

Anónimo disse...

O problema é que a Grécia muito provavelmente terá que sair do Euro...