domingo, 8 de fevereiro de 2009

Sobre a vida (e morte) do jornalismo 4 [e fim]

E estamos condenados a esta miséria?
Sinceramente, acho que sim. (...)
termina jmf num post de leitura obrigatória para quem é jornalista ou se interessa pelo tema pela recomendação de leitura que faz.

Não sou tão pessimista. Mais, não considero que se esteja num estado de "miséria".
  1. O jornalismo e os jornalistas integram o sistema, não estão fora dele. São um dos vectores de peso e contra-peso do equilíbrio de poderes de uma sociedade. Reflectem as suas qualidades e defeitos.
  2. O jornalismo vive momentos de fortíssimos abalos, determinados pelas alterações tecnológicas. É uma das actividades mais abalada pela velocidade da informação e ainda não encontrou o seu novo quadro de actuação no novo mundo. Como conjugar a velocidade de informação com a notícia?
  3. O jornalismo, como muitas outras actividades afectadas pela internet, está a ser em grande parte dirigido pela procura - dar às pessoas o que elas querem. E hoje é muito fácil saber o que as pessoas querem. Para quem defende a liberdade individual de forma absoluta, isto não é um problema. Mas passa a ser um problema quando "o que as pessoas querem" tem efeitos adversos na sociedade - externalidades negativas, como lhes chamam os economistas. Por isso deve existir a regulação, com sensatez.

Sem comentários: