O que escrevi com o título "Ah se os alemães fossem às compras como nós..." tem gerado criticas e comentários, aos quais gostava de responder.
Primeiro as respostas gerais para quem me fez chegar as criticas oralmente, como Eva Gaspar. Tudo porque o que escrevi não é, nem de longe nem de perto, uma critica à Alemanha. Um país que merece o orgulho da Europa como se pode ler aqui, com quem os países europeus têm muito a aprender.
Só para dar um exemplo: teve a generosidade de partilhar o seu credível e forte marco connosco e o que exige da Zona Euro é aquilo que exige de si própria - disciplina financeira que garanta um euro estável e forte. E nós portugueses devemos também à Alemanha a consolidação da democracia.
Hoje Camilo Lourenço critica o meu artigo com título "Ah, se fôssemos mais produtivos!" Claro que só posso concordar com esse apelo.
Os apelos, "ah de os alemães consumissem mais" e "ah, se nós fôssemos mais produtivos" não são necessariamente exclusivos.
Nós cometemos erros de políticas e obviamente precisamos de ser mais produtivos e menos consumistas, mais disciplinados financeiramente.
Mas há um ponto sobre o qual vale a pena pensar: a Alemanha pode estar a usar os custos de produção - os custos unitários do trabalho - da mesma forma que no passado se usaram as tarifas aduaneiras – e a China usa a sua moeda – para “caçar o vizinho”. Esquecendo-se que se todos roubarmos o vizinho ficamos todos na mesma ou mais pobres.
Não é obviamente o governo alemão que o está a fazer, mas é sim o resultado de milhares de decisões de empresas em cooperação com os empregados. Mas o efeito pode ser o mesmo: uma escalada de reduções de custos traduzida em cortes salariais que, não sendo aceites em alguns países com tradições de contestação, conduzirão necessariamente à instabilidade social e política.
Só vejo perdedores se o caminho for pela redução de salários.
Vejo uma Europa ganhadora se houver uma aproximação com movimentos de convergência com origem nos credores e nos devedores.
Uns e outros contribuem para a correcção dos desequilíbrios, se os salários estabilizarem nos países que perderam competitividade, como Portugal, e se a procura interna se expandir, em países como a Alemanha.
terça-feira, 23 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
A Alemanha a decidir sem medo
A Alemanha cria uma taxa sobre os bancos para financiar um fundo de apoio ao sistema financeiro em caso de crise.
Pode sre lido aqui e aqui
Pode sre lido aqui e aqui
domingo, 21 de março de 2010
Para os que pensam que economia é finanças...
... vale a pena ler o que escreveu Pedro Lains:
"... que as finanças só interessam para se ter a certeza de que não chateiam o andamento do que verdadeiramente interessa, o resto da economia (bem, com a ressalva de que os serviços financeiros fazem parte da economia e podem chegar a 10% do PIB em alguns sítios)."
"... que as finanças só interessam para se ter a certeza de que não chateiam o andamento do que verdadeiramente interessa, o resto da economia (bem, com a ressalva de que os serviços financeiros fazem parte da economia e podem chegar a 10% do PIB em alguns sítios)."
sábado, 20 de março de 2010
O PEC... confesso que não compreendo
De repente vejo-me em desacordo com quem em regra estou de acordo. Um exemplo: estou sempre de acordo com as análises de Nicolau Santos no Expresso. Mas hoje não. Sobre o Programa de Estabilidade e Crescimento.
Compreendo e concordo obviamente com a análise de fundo de Nicolau Santos que é ainda sustentada pelos argumentos de João Rodrigues com consequências tão bem sintetizadas por José Castro Caldas quando diz: "A soma de PECs restritivos é uma enorme recessão".
Aquilo que os Ladrões de Bicicletas designam como os economistas do medo para citar quem escreve sobre estes temas na Sedes é para mim realismo, sensatez e pragmatismo. (Ou até Ricardo Araújo Pererira que na sua penúltima crónica nos diz que a política do PEC com o capital é do género "não afugentar a caça").
Portugal não tinha outra alternativa, como pequeno país que é, sem poder para alterar as regras do jogo. O PEC 2010-2013 é sensato, pragmático e minimiza o impacto social das medidas restritivas.
Sim, há alternativa. Aquela que João Rodrigues defende: mais Europa (o ideal) ou menos Europa (proteccionismo). Ou ainda, o sonho, a regulação global dos movimentos de capitais.
Ou ainda, menos ambicioso, pressionar a Alemanha para adoptar medidas de expansão da sua procura como tem defendido Martin Wolf no FT e vários economistas em Portugal, como os autores dos Ladrões, Pedro Lains, João Pinto e Castro, Silva Lopes - na conferência da passada segunda-feira promovida por Pedro Lains - e até Vitor Bento, um dos autores da Sedes.
O tema da expansão da procura na Alemanha para evitar o pior já entrou no debate político - lançado esta semana pela ministra francesa das Finanças.
Mas tenho dúvidas que a Alemanha se deixe convencer. Todos nos lembramos como a Alemanha não hesitou em deixr implodir o mecanismo europeu de taxas de câmbio em 1993 quando subiu as taxas de juro contra a vontade da França e do Reino Unido e ainda contra todas as recomendações - a retoma ainda não era sólida.
O PEC português é o possível. E dentro do possível é bastante sensato.
Mas, claro que estamos perante a ameaça de uma nova recessão na Europa.
Compreendo e concordo obviamente com a análise de fundo de Nicolau Santos que é ainda sustentada pelos argumentos de João Rodrigues com consequências tão bem sintetizadas por José Castro Caldas quando diz: "A soma de PECs restritivos é uma enorme recessão".
Aquilo que os Ladrões de Bicicletas designam como os economistas do medo para citar quem escreve sobre estes temas na Sedes é para mim realismo, sensatez e pragmatismo. (Ou até Ricardo Araújo Pererira que na sua penúltima crónica nos diz que a política do PEC com o capital é do género "não afugentar a caça").
Portugal não tinha outra alternativa, como pequeno país que é, sem poder para alterar as regras do jogo. O PEC 2010-2013 é sensato, pragmático e minimiza o impacto social das medidas restritivas.
Sim, há alternativa. Aquela que João Rodrigues defende: mais Europa (o ideal) ou menos Europa (proteccionismo). Ou ainda, o sonho, a regulação global dos movimentos de capitais.
Ou ainda, menos ambicioso, pressionar a Alemanha para adoptar medidas de expansão da sua procura como tem defendido Martin Wolf no FT e vários economistas em Portugal, como os autores dos Ladrões, Pedro Lains, João Pinto e Castro, Silva Lopes - na conferência da passada segunda-feira promovida por Pedro Lains - e até Vitor Bento, um dos autores da Sedes.
O tema da expansão da procura na Alemanha para evitar o pior já entrou no debate político - lançado esta semana pela ministra francesa das Finanças.
Mas tenho dúvidas que a Alemanha se deixe convencer. Todos nos lembramos como a Alemanha não hesitou em deixr implodir o mecanismo europeu de taxas de câmbio em 1993 quando subiu as taxas de juro contra a vontade da França e do Reino Unido e ainda contra todas as recomendações - a retoma ainda não era sólida.
O PEC português é o possível. E dentro do possível é bastante sensato.
Mas, claro que estamos perante a ameaça de uma nova recessão na Europa.
A empresa SIM e os bónus dos gestores
Oiço na TSF que a empresa portuguesa SIM - Sociedade Irmãos Miranda que produz faróis para camiões - resolveu suspender os salários dos administradores em 2009 para evitar o despedimento e reisistir à crise. "Se eu não posso aguentar um ano sem receber salários, bom alguma coisa esteve mal", diz o administrador.
A SIM tem sede em Águeda, 85% da produção é exportada e tem 130 trabalhadores
Que diferença com as grandes empresas onde os gestores tanto falam em concorrência, mercado... Ainda esta semana assistimos a uma briga muito feia na praça pública por causa dos bónus da REN. Sim, a REN...com mercado garantido, sem concorrência.
Felizmente Portugal é mais feito de SIM do que de REN.
A SIM tem sede em Águeda, 85% da produção é exportada e tem 130 trabalhadores
Que diferença com as grandes empresas onde os gestores tanto falam em concorrência, mercado... Ainda esta semana assistimos a uma briga muito feia na praça pública por causa dos bónus da REN. Sim, a REN...com mercado garantido, sem concorrência.
Felizmente Portugal é mais feito de SIM do que de REN.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Os PIIGS
Assim ilustra o Der Spiegel o artigo "The EU has made things too easy for greecks" integrado num dossier sobre A crise do Euro
Fomos avisados - nós os do euro
A Grécia está a expôr os frágeis alicerces da construção chamada Euro.
Fomos avisados que:
» uma política monetária única,
» com políticas orçamentais nacionais e sem sequer um orçamento comum para apoiar parceiros em dificuldades - sim, eu sei que não era para caso como os da Grécia
» a que se soma o vértice da responsabilidade política nacional dos governos
criava um triângulo de equlíbrio instável.
As posições opostas da Alemanha e da França sobre a atitude que a Zona Euro deve assumir na Grécia revelam bem a dimensão desse conflito.
Os alemães não querem pagar a factura da ajuda à Grécia - sim, porque serão eles a pagá-la .
E até já ouvimos Angela Merkel - citada pelo Financial Times - dizer que não compreende porque é que os alemães devem ajudar os gregos quando estes se reformam antes dos alemães. Claro que Merkel é julgada pelo seu eleitorado alemão.
Depois de ter adimitido ajudar a Grécia o governo alemão defende agora que deve ser o FMI a apoiar os gregos.
Contrariando assim a posição da França, que explicou assim a lógica de o apoio chegar de Bruxelas e não de Washington: o FMI não deve ajudar a Grécia como não ajudou a Califórnia - os dois fazem parte de uma área de moeda única, assim falou Cristine Lagarde, a ministra francesa das Finanças
Pois é a verdade. A Califórnia e a Grécia integram áreas de moeda única, uma o dólar, outra o euro.
Com uma pequena grande diferença - a Califórnia integra os Estados Unidos da América que ninguém discute que é uma Zona Monetária Óptima - para isso conta com 3 elementos fundamentais que o euro não tem: 1) mobilidade do factor trabalho, 2) um orçamento central 3) e uma união política.
O Pacto de Estabilidade não tem obviamente a energia para encher os buracos da estrutura da moeda única.
Só a vontade política da Alemanha poderia ter essa força - mas Berlim não sabe como explicar aos eleitores alemães que têm de pagar os excessos dos outros nas compras... de produtos, muitos deles, alemães (mas esta é outra conversa, para mais tarde)
Fomos avisados que:
» uma política monetária única,
» com políticas orçamentais nacionais e sem sequer um orçamento comum para apoiar parceiros em dificuldades - sim, eu sei que não era para caso como os da Grécia
» a que se soma o vértice da responsabilidade política nacional dos governos
criava um triângulo de equlíbrio instável.
As posições opostas da Alemanha e da França sobre a atitude que a Zona Euro deve assumir na Grécia revelam bem a dimensão desse conflito.
Os alemães não querem pagar a factura da ajuda à Grécia - sim, porque serão eles a pagá-la .
E até já ouvimos Angela Merkel - citada pelo Financial Times - dizer que não compreende porque é que os alemães devem ajudar os gregos quando estes se reformam antes dos alemães. Claro que Merkel é julgada pelo seu eleitorado alemão.
Depois de ter adimitido ajudar a Grécia o governo alemão defende agora que deve ser o FMI a apoiar os gregos.
Contrariando assim a posição da França, que explicou assim a lógica de o apoio chegar de Bruxelas e não de Washington: o FMI não deve ajudar a Grécia como não ajudou a Califórnia - os dois fazem parte de uma área de moeda única, assim falou Cristine Lagarde, a ministra francesa das Finanças
Pois é a verdade. A Califórnia e a Grécia integram áreas de moeda única, uma o dólar, outra o euro.
Com uma pequena grande diferença - a Califórnia integra os Estados Unidos da América que ninguém discute que é uma Zona Monetária Óptima - para isso conta com 3 elementos fundamentais que o euro não tem: 1) mobilidade do factor trabalho, 2) um orçamento central 3) e uma união política.
O Pacto de Estabilidade não tem obviamente a energia para encher os buracos da estrutura da moeda única.
Só a vontade política da Alemanha poderia ter essa força - mas Berlim não sabe como explicar aos eleitores alemães que têm de pagar os excessos dos outros nas compras... de produtos, muitos deles, alemães (mas esta é outra conversa, para mais tarde)
quarta-feira, 17 de março de 2010
Exercícios saloios
Vi a parte final do Prós e Contras. Fiquei com pena de não ter acompanhado o debate desde o início especialmente quando vi Eduardo Lourenço e José Gil.
Acabei por por ficar extremamente incomodada ao ouvir o representante das novas gerações, Miguel Morgado, dizer que os amigos que tem a trabalhar no estrangeiro sentem "repugnância" por Portugal.
Nunca tal tinha ouvido, nem por cá nem por amigos ou entrevistas com quadro superiores que, por uma razão ou outra, trabalham fora de Portugal.
Começa a ser, no mínimo, desagradável, assistir a este renovado exercício nacional de saloíce e falta de mundo que se ilustram com a velha máxima "a galinha da vizinha é (sempre) melhor que a minha".
E desagradável pelo que revela de limitada sabedoria. Demasiada informação - a maioria limitada ao mundo que é mostrado nos rectângulos televisivos -, algum conhecimento e zero de sabedoria.
Acabei por por ficar extremamente incomodada ao ouvir o representante das novas gerações, Miguel Morgado, dizer que os amigos que tem a trabalhar no estrangeiro sentem "repugnância" por Portugal.
Nunca tal tinha ouvido, nem por cá nem por amigos ou entrevistas com quadro superiores que, por uma razão ou outra, trabalham fora de Portugal.
Começa a ser, no mínimo, desagradável, assistir a este renovado exercício nacional de saloíce e falta de mundo que se ilustram com a velha máxima "a galinha da vizinha é (sempre) melhor que a minha".
E desagradável pelo que revela de limitada sabedoria. Demasiada informação - a maioria limitada ao mundo que é mostrado nos rectângulos televisivos -, algum conhecimento e zero de sabedoria.
domingo, 7 de março de 2010
A Islândia disse não...
..."à ganância dos banqueiros". Essa é pelos menos a leitura do presidente Olafur R. Grimsson.
Noventa e três por cento dos islandeses votaram ontem contra a "factura Icesave" como é designada a exigência dos aforradores ingleses e holandeses de receberem as poupanças com juros do que aplicaram nos bancos islandeses. Como era de esperar.
"...ordinary people, farmers and fishermen, taxpayers, doctors, nurses, teachers, are being asked to shoulder through their taxes a burden that was created by irresponsible greedy bankers", assim falou o presidente da Islândia Olafur R. Grimsson.
Reino Unido e Holanda não estão dispostos da aceitar este resultado.
O FMI poderá recuar no seu apoio à Islândia.
A agência de 'rating' pode coloca a dívida da Islândia na classificação "lixo".
E as perspectivas de adesão à UE ficam sob a ameaça de veto do Reino Unido e da Holanda - os islandeses não se comoveram com a recomendação da Comissão Europeia para o Conselho iniciar negociações durante a última semana de Fevereiro.
Noventa e três por cento dos islandeses votaram ontem contra a "factura Icesave" como é designada a exigência dos aforradores ingleses e holandeses de receberem as poupanças com juros do que aplicaram nos bancos islandeses. Como era de esperar.
"...ordinary people, farmers and fishermen, taxpayers, doctors, nurses, teachers, are being asked to shoulder through their taxes a burden that was created by irresponsible greedy bankers", assim falou o presidente da Islândia Olafur R. Grimsson.
Reino Unido e Holanda não estão dispostos da aceitar este resultado.
O FMI poderá recuar no seu apoio à Islândia.
A agência de 'rating' pode coloca a dívida da Islândia na classificação "lixo".
E as perspectivas de adesão à UE ficam sob a ameaça de veto do Reino Unido e da Holanda - os islandeses não se comoveram com a recomendação da Comissão Europeia para o Conselho iniciar negociações durante a última semana de Fevereiro.
A Grécia dividida
48% estão contra e 46,6% estão a favor das medidas de austeridades adoptadas pelo Governo grego segundo uma sondagem a 1044 pessoas realizada Instituto de Pesquisa Kapa, divulgado pelo diário To Vima e noticiado aqui pela Lusa e RTP.
Aqui podemos ver algumas imagens do que tem sido a vida na Grécia durante esta última semana
Aqui podemos ver algumas imagens do que tem sido a vida na Grécia durante esta última semana
quarta-feira, 3 de março de 2010
O BCE lança-se na avaliação de risco?
Da externalização para a internalização?
O BCE poderá em breve começar a fazer avaliação de risco dos países.
Now European Union governments are planning to take measures to break the dominance of the main rating agencies, according to a report in the Wednesday edition of the German business daily Handelsblatt. The newspaper reports that euro-zone finance ministers are pushing the European Central Bank (ECB) to set up its own sovereign rating scheme for the 16 members of the euro zone so that it no longer has to rely on private rating agencies, such as Moody's.
Será este um dos instrumentos de tortura que Juncker disse que a Zona Euro tinha no sótão?
Depois da era da entrega a entidades externas das funções de avaliação de risco que eram desempenhadas pelos bancos centrais e instituições de crédito eis que agora regressamos à casa da partida.
Interessante ainda o facto de isto entrar em contradição com as mais recentes regras contabilísticas que entragaram às auditoras muitas da starefas que pertenciam aos bancos centrais.
A ler ainda o Money-Supply do FT.
O pêndulo parece ter mudado efectivamente
O BCE poderá em breve começar a fazer avaliação de risco dos países.
Now European Union governments are planning to take measures to break the dominance of the main rating agencies, according to a report in the Wednesday edition of the German business daily Handelsblatt. The newspaper reports that euro-zone finance ministers are pushing the European Central Bank (ECB) to set up its own sovereign rating scheme for the 16 members of the euro zone so that it no longer has to rely on private rating agencies, such as Moody's.
Será este um dos instrumentos de tortura que Juncker disse que a Zona Euro tinha no sótão?
Depois da era da entrega a entidades externas das funções de avaliação de risco que eram desempenhadas pelos bancos centrais e instituições de crédito eis que agora regressamos à casa da partida.
Interessante ainda o facto de isto entrar em contradição com as mais recentes regras contabilísticas que entragaram às auditoras muitas da starefas que pertenciam aos bancos centrais.
A ler ainda o Money-Supply do FT.
O pêndulo parece ter mudado efectivamente
A Grécia... a sério e com brutalidade
O Governo grego apresentou o seu segundo plano de redução do défice público que se pode ler aqui e aqui.
Os sindicatos promete manifestar-se já amanhã.
Entre a pressão dos mercados financeiros e a revolta das pessoas, os gregos enfrentam tempos difíceis. Quando se olha para os números, muito do que se passa é incompreensível.
O grande erro dos gregos foi a mentira, mais do que a derrapagem nas contas públicas.
Os sindicatos promete manifestar-se já amanhã.
Entre a pressão dos mercados financeiros e a revolta das pessoas, os gregos enfrentam tempos difíceis. Quando se olha para os números, muito do que se passa é incompreensível.
O grande erro dos gregos foi a mentira, mais do que a derrapagem nas contas públicas.
terça-feira, 2 de março de 2010
O terramoto do Chile e os dias mais pequenos?
O terramoto do Chile deslocou o eixo da Terra em cerca de 8 centímetros e reduziu o tempo do dia. Conclusões do investigador da Nasa Richard Gross que li aqui em primeiro lugar.
As recomendações da Business Week...
... para investir em Portugal: PT e EDP Reonováveis. A propósito de pérolas nos PIIGS.
Não é só por cá que se encontra fraco jornalismo. Não pelas recomendações mas pela fragilidade dos argumentos que as sustentam.
Não é só por cá que se encontra fraco jornalismo. Não pelas recomendações mas pela fragilidade dos argumentos que as sustentam.
Mercados financeiros racionais?
O debate sobre a manipulação dos mercados financeiros - prefiro 'manipulação' a especulação, porque esta só se pode chamar assim no quadro da teoria quando respeita pressupostos de concorrência quase perfeita - merece ser ouvido com um pouco mais de atenção do que o encolher de ombros do tipo 'lá estão os políticos outra vez'
Primeiro a ministra das Finanças francesa e depois a o presidnete do Eurogrupo reforçaram nestes últimos dias os avsisos e ameaças a regulação do mercado.
O que se tem lido no FT ontem e hoje indica-nos as possibilidades de manipulação que se abrem com compra de CDS - supostamente produtos para cobrir risco de incumprimento da dívida - sem que s etenha o respetivo título de dívida ('naked CDS').
Primeiro lanço o pânico comprado CDS - o preço do CDS aumenta, todos começam a dizer que o risco da dívida do país X está a aumentar e começam a vender os título de dívida pública; quando estes já caíram o suficiente é altura de eu compra os títulos de dívida pública (O que parece estar a acontecer desde ontem, com as obrigações do Tesouro de países como Portugal a subirem (e as taxas a descerem).
O alvo agora parece sre o Reino Unido. Até se perceber bem como se está a ganhar dinheiro com a queda da libra.
Libra cai face ao dólar pelo sexto dia consecutivo
Risco da dívida portuguesa desce para mínimos de Janeiro
Grécia apresenta novas medidas de redução do défice público
Claro que estes mercados não são racionais.
Primeiro a ministra das Finanças francesa e depois a o presidnete do Eurogrupo reforçaram nestes últimos dias os avsisos e ameaças a regulação do mercado.
O que se tem lido no FT ontem e hoje indica-nos as possibilidades de manipulação que se abrem com compra de CDS - supostamente produtos para cobrir risco de incumprimento da dívida - sem que s etenha o respetivo título de dívida ('naked CDS').
Primeiro lanço o pânico comprado CDS - o preço do CDS aumenta, todos começam a dizer que o risco da dívida do país X está a aumentar e começam a vender os título de dívida pública; quando estes já caíram o suficiente é altura de eu compra os títulos de dívida pública (O que parece estar a acontecer desde ontem, com as obrigações do Tesouro de países como Portugal a subirem (e as taxas a descerem).
O alvo agora parece sre o Reino Unido. Até se perceber bem como se está a ganhar dinheiro com a queda da libra.
Libra cai face ao dólar pelo sexto dia consecutivo
Risco da dívida portuguesa desce para mínimos de Janeiro
Grécia apresenta novas medidas de redução do défice público
Claro que estes mercados não são racionais.
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