E mais algumas observações:
- A Fitch não teve o comportamento reservado que em regra as agências de 'rating' têm - reservadas nas suas avaliações. Dizer que aumentou o risco de aumentar o risco com base na surpresa do défice de 2009 é andar atrás da realidade e não à frente. E, obviamente, o ministro das Finanças tem razão quando diz que a Fitch, ao pronunciar-se logo na manhão de quarta-feira - quando o Orçamento tinha sido entregue às 10:30 da noite no Parlamento - é pouco favorável à credibilidade da agência. Mais sensata foi - como sempre, aliás - a Standard & Poor's.
- Não vale a pena criticar as agências de 'rating'. Equivale a queixar-nos da chuva, do frio, do vento ou do calor.
- O sistema funciona assim - quem investe apoia-se nas opiniões das agências de avaliação de risco e dos bancos de investimento.
- O sistema funciona assim porque assim foi desenhado nos últimos anos - entregaram-se ao sector privado funções que pertenciam aos Estados - directamente ou através de organizações por les controladas como o FMI.
- O novo quadro que se está a desenhar para a supervisão da banca reforça esse modelo de entrega de funções a auditores privados - retirando mais funções aos supervisores públicos.