Por fora uns dias, regresso.
A Irlanda disse não ao Tratado de Lisboa.
Está instalado o drama, de novo, na União Europeia.
O Tratado, como se diz no EurActiv, foi rejeitado por 862.415 irlandeses, 0,00175% dos 495 milhões de cidadãos europeus. Pequeno pormenor: este foi o único Estado membro a ratificar o Tratado de Lisboa.
O que fazer agora? O que se passou não é inédito. Como lembra o Público Esta não é uma situação inédita na história da UE. No início da década de 1990, a Dinamarca aprovou a ratificação do Tratado de Maastricht numa segunda votação, depois de ter obtido uma cláusula que lhe permitia não aderir ao euro. Em 2002, a Irlanda votou pela segunda vez o Tratado de Nice, depois da vitória do “não” num primeiro referendo ter colocado em causa o alargamento da UE a Leste.
Sendo Lisboa um Tratado de reorganização das instituições, não me parece viável manter estados de fora, reforçando a Europa a várias velocidades que já se verifica com Schengen e o Euro. O caminho mais prático é acrescentar um protocolo ao Tratado que leve em consideração as preocupações reais - e não as fictícias criadas por campanhas populistas - dos irlandeses.
1 comentário:
Não foi rejeitado por 0,00175% dos 495 milhões de cidadãos europeus.
Foi rejeitado por 100% dos países europeus que ouviram o povo.
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