Um excelente artigo no NYT - simples como devem ser os artigos dos jornais - sobre a dificuldade em combater a crise norte-americana, depois de as autoridades´já terem usado (quase) toda a artilharia pesada: redução de taxas de juro, desvalorização do dólar e estímulos fiscais.
A partir daqui entrarem no domínio das medidas heterodoxas:
- O apelo do presidente da Reserva Federal aos bancos para que ajudem a combater a crise financeira avançando com perdões de dívida e reescalonameno, alargando os períodos de amortização. Inédito num banqueiro central. Uma lição de pragmatismo para os ortodoxos europeus. Vale a pena ler Luisa Bessa.
- A possibilidade de o Governo adquirir o crédito mal parado, assumindo as perdas ou os custos de reescalonamento, numa proposta do senador Barney Frank que preside ao comité de Serviços Financeiros. A Reserva Federal não aceitou - 'por enquanto', diz o NYT - esta proposta.
O terror que se vive é ver os Estados Unidos a repetirem a história do Japão na década de 90: uma crise que durou uma década desencadeada também por empréstimos fáceis que empolaram os preços do imobiliário.
1 comentário:
Bonito!
O Estado nem cheira os chorudos lucros do sector financeiro quando as trafulhices correm de feição.
Mas quando corre mal, lá vem a conversa de ser preciso que o Estado pague os erros cometidos pelos banqueiros.
Quando é um pobre a falhar...
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