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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Uma regra para partilhar na rede

Quando partilhar uma notícia na rede não se esqueça da Regra #1 « Atenção à data da notícia

Notícia da morte de Vasco Granja ressuscitou três anos depois. Uma notícia de Maio de 2009 circulou como se fosse actual durante op fim-de-semana.

#radiolondres ou eleições francesas

Os resultados eleitorais – ou pelo menos uma projecção com elevada probabilidade de se confirmar – conhecem-se sempre antes de poderem ser divulgados. Em Portugal, por exemplo, as urnas fecham às 19 horas mas os primeiros resultados só podem ser divulgados a partir das 20 horas por causa da diferença horária com os Açores.

Em França também existem este tipo de restrições e as multas aplicadas a quem viole essa regra são bastante elevadas.
Como se resistiu nas redes sociais? Não se resistiu, contornou-se.
Usaram-se nomes de código: as eleições francesas foram #radiolondres (usada para a BBC na segunda guerra mundial) com os candidatos a merecerem os mais variados nomes.
A história muito bem contada pode ser lida aqui.

terça-feira, 8 de março de 2011

"Women mean business"


Ok!Ok! Hold it!
I just want to say something.
You know, for every dollar a man makes
a women makes 63 cents.
Now, fifty years ago that was 62 cents.
So, with that kind of luck, it'll be the year 3.888
before we make a buck. But hey, girls?
(...)
Laurie Anderson, Beautiful Red Dress


Assinalam-se hoje os 100 anos do Dia Internacional da Mulher.
Por aqui foi esquecido nas primeiras páginas dos jornais (confesso que também dei conta disso apenas hoje). Porque será?
Houve umas estatísticas - como Os homens e as mulheres em números e a comissária europeia, e uma das vice-presidentes, Viviene Reding reuniu com presidentes de empresas cotadas e disse "women mean business". O representante português foi o presidente da Zon, Rodrigo Costa.

Das primeiras páginas dos jornais de hoje reunidas pelo Newseum aqui fica o meu top:
Kleine Zeitung - Graz, Austria

Augsburger Allgemeine - Augsburg, Germany

The Globe and Mail - Toronto, Canada

Hurriyet Daily News & Economic Review
Istanbul, Turkey


domingo, 6 de março de 2011

Jornalismo e Wikileaks

A forma como o Expresso tratou e está a tratar os telegramas Wikileaks sobre Portugal são um exemplo de como se devem tratar estes documentos. A original origem dos documentos não nos dispensa, a nós jornalistas, da obrigação de confirmar os factos e confrontar todas as partes envolvidas com eles.

O jornalismo nunca foi ser pé de microfone ou especialista em "copy past".

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Estado em Janeiro - o monstro


A despesas e receitas do sector público em Janeiro são uma surpresa desagradável. Contrariamente à expectativa criada com as notícias que o Governo foi dando desde sábado, os números estão longe de convencerem que a situação financeira está sob controlo. O monstro parece ter vida própria.
Eis uma síntese dos valores que se podem ler no relatório de execução orçamental:
Estado
»A receita aumentou 14,4%
» A despesa cresceu 0,9% - as despesas com pessoal subiram 4,9% apesar dos cortes salariais, evolução que é justificada por mudanças no universo de comparação com 2010.

Serviços e Fundos Autónomos
» Despesa aumentou aumentou 6,4% com contributo determinante da despesa corrente que subiu 5,1%.
» Organismos como a Assembleia da República e a Autoridade da Concorrência não deram às Finanças informação sobre as suas contas em Janeiro (ao todo são 16) - o que significa que os valores estão incompletos.

Segurança Social
»A receita aumentou 0,7%
» A despesa subiu 4,1% (pensões com mais 2,6%; outras prestações sociais caíram 1,6% e um inexplicável aumento de 48,1% nas "outras despesas correntes").

Nota final: o processo de divulgação das contas públicas revela que o Governo parece considerar que consegue evitar que se olhem para os números depois de feitas declarações sobre eles. A situação é demasiado séria para se conseguir convencer seja quem for com estratégias de comunicação.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Vale a pena ler


A dificuldade da matemática e Parcerias público-privadas de João Pinto e Castro

O que devem fazer os jornais  de Paulo Querido que vai buscar Alan Mutter. Não concordo totalmente com Mutter: é preciso conciliar quantidade com qualidade e profundidade.
Pois. Nada fácil.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Gostava de ter escrito isto

"Mártires da liberdade de expressão? Esses foram os 110 jornalistas mortos em todo o mundo no ano passado"
Nicolau Santos, Expresso, 27 de Fevereiro de 2010 (sem link disponível)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Cortar a língua ao mensageiro...

... nunca resolveu problema nenhum. Criou problemas maiores, como aliás diz Fisher Sá Nogueira

A intervenção final do discurso de tomada de posse do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, defendendo a criação de um "órgão com poderes disciplinares efectivos" para os jornalistas assim como o ataque - mais do que criticas - que fez aos media acabam por dar razão a quem critica o funcionamento da Justiça.

Como António Barreto que se pode ler e ouvir aqui e aqui

Posso concordar com parte do diagnóstico que Noronha do Nascimento faz. Por exemplo, quando se refere aos efeitos perniciosos da concorrência num tempo em que o quadro em que se movia o negócio dos media está a mudar sem que ninguém saiba bem em que sentido (veja-se o debate aceso nos Estados Unidos e ainda a reflexão que ali se faz sobre as ameaças aos direitos dos cidaãos e sobre a liberdade da informação.

Não posso concordar com a solução. Nos media, tal como noutros universos da vida portuguesa, não é por falta de entidades reguladoras que não se cumprem as regras e as leis. O sector dos media, bem pelo contrário, está bastante policiado. O problema é mais vasto.

Mas se o problema é a violação da lei, a quem cabe fazer cumprir a lei? A resposta a esta pergunta que acaba por nos levar a concluir que o ataque aos media de Noronha do Nascimento acaba por ser um ataque à Justiça.

Declaração de interesses: Sou jornalista. Como jornalista, profissionalmente obrigada e treinada para o distanciamento na descrição e análise dos factos, fiz aqui também esse esforço e com cuidados redobrados.

domingo, 25 de outubro de 2009

Vale a pena ler...

a entrevista de José Manuel Fernandes ao Expresso. Na sua última semana como director do Público.

Ao longo de toda a entrevista mostra bem que nunca deixou de ser jornalista.

Sobre os tempos que temos enfrentado destaco:

José Sócrates tem um lado totalitário na relação com os media?
O termo é demasiado forte e próprio de um regime que não é o nosso. Tolera mal as críticas e vive mal com elas.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Caso TVI - O crime compensa

A ERC considera ilegal a decisão de acabar com o Jornal Nacional de sexta da TVI, que ocorreu a 3 de Setembro em pré-campanha eleitoral para as legislativas, como se pode ler aqui e aqui e aqui a deliberação.

Quais as consequências?
» Processo de contra-ordenação ou seja uma multa
» O facto terá ponderação negativa quando a licença de emissão da TVI voltar a ser avaliada.

Alguém espera que a contra-ordenação, a ser aplicada, seja tão grave que provoque um forte abalo na situação financeira da TVI? Obviamente que não.

Alguém espera que na avaliação ao cumprimento do contrato de concessão esta ingerência da gestão em matérias editoriais retire à Media Capital a concessão? Claro que não.

A violação de regras fundamentais que têm como objectivo proteger a liberdade de imprensa não têm qualquer sanção.

O que aconteceu na TVI mostrou como há crime sem castigo na violação da liberdade de imprensa em Portugal.

Os partidos que defendem a liberdade de imprensa, a começar pelo PS, têm a obrigação de alterar a lei. Para que se consagrem sanções bem mais elevadas que desincentivem actos como os que ocorreram na TVI.

Dizer que se defende a liberdade não chega. É preciso defender a liberdade de imprensa especialmente quando se considera que os media nos estão a prejudicar politicamente. E é preciso demonstrá-lo.

E o PS tem a oportunidade de o fazer mudando a lei. Com toda a certeza que terá mais do que um partido do seu lado no Parlamento.

É com estes pequenos passos que se iniciam as restrições à liberdade.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Paula Teixeira da Cruz e os 99 anos da República

"Os tribunais - a justiça - como a comunicação social, a liberdade de expressão, são sempre alvos prioritários de tentativa de controlo e de empobrecimento dos valores da República”

"É fácil uma democracia perder a qualidade e deixar de o ser. E há muitas formas de condicionar a Liberdade, até a perder”

"Há muito se vêm detectando derivas perigosas e desvios preocupantes”,

A responsabilidade, o trabalho e a exigência ética, que deveriam amparar a qualificação da democracia reivindicada, foram sendo abandonados e substituídos pela lógica do enriquecimento fácil (...) e pela ideia de que os fins justificam os meios, com particular crueza em sectores como a política e a economia

Da intervenção da presidente da Assembleia Municipal da Câmara de Lisboa Paula Teixeira da Cruz.

A dinâmica actual da nossa realidade política e económica é, lamentavelmente, esta, que Paula Teixeira da Cruz tão bem descreveu.

Poucos querem ver. A maioria prefere olhar para o que se vem passando como um jogo lúdico. Aplaude-se quem ganha sem olhar aos meios que usou, sem olhar ao conteúdo e ao significado dessa vitória.

sábado, 19 de setembro de 2009

Um dia lamentável...

...para o jornalismo

O caso (igualmente lamentável) da Presidência sob vigilância):
  • Um jornal, o Diário de Notícias, revela a fonte de uma notícia de outro jornal, o Público.
  • Um jornal, o Diário de Notícias, diz que a notícia de outro jornal, o Público, foi "encomendada"

O caso da compra de votos de militantes do PSD:

  • Um jornal, o I, afirma que a notícia de uma revista, a Sábado, foi comprada.

A ler

Roupa Pendurada

Este ambiente...

... de mata ou morre que se instalou entre os protagonistas políticos está a tornar a convivência muito difícil e o ar irrespirável

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A política espectáculo

"É a primeira vez que o consigo entrevistar desde que é primeiro-ministro. Os Gato Fedorento conseguiram à primeira"
Maria Flor Pedroso, na entrevista que fez a José Sócrates na Antena 1

Uma extraordinária síntese da grande distância entre o que se diz e o que se faz.

Desde finais de Julho que, em nome do Negócios, pedi uma entrevista a todos os líderes dos cinco partidos representados no Parlamento.

Jerónimo Sousa do PCP e Francisco Louçã do Bloco de Esquerda rapidamente agendaram as entrevistas, conciliando as suas agendas com as prioridades do jornal.

Paulo Portas, do PP, Manuela Ferreira Leite, do PSD, e José Sócrates do PS não tiveram tempo, durante quase dois meses, para dispensar uma hora e meia do seu tempo para serem questionados sobre as políticas que propõem para o país.

Pode ser que até dia 23 de Setembro ainda tenham tempo.

E como se conhece pela orientação editorial do Negócios as questões seriam fundamentalmente sobre o conteúdo das políticas - o que fazer e como fazer. Como foram aliás as entrevistas feitas a Jerónimo Sousa e Francisco Louçã que podem ser aqui vistas parcialmente em vídeo.

Mas todos dizem - os três líderes - que querem falar de de política no sentido de policy e não de política no sentido de politics.
Mas todos dizem que odeiam a política espectáculo, o marketing político, o sound byte que lhes é exigido pelos meios em tempo real como as televisões e as rádios...

Não tenho nada contra os Gatos. Pelo contrário, sou uma grande fã e não perco um. Nem dos actuais, nem os passados. Espero até que o actual programa se mantenha. Quando não há Gatos o país fica pior.

Os Gatos, como as respostas rápidas às televisões e às rádios nos espaços públicos, não são suficientes para contextualizar uma política.

Enfim. Entrevistas de fundo parece que já ninguém quer. A classe política queixa-se do que parece gostar. E do que diz gostar não faz.

Lições para nós, jornalistas.

domingo, 9 de agosto de 2009

Liberdades - editorial e de oportunidades

A ERC deve merecer todo o nosso respeito institucional. Mas parece não o querer.
A decisão de limitar a liberdade editorial recomendando que se suspenda a colaboração, em colunas de opinião, de todos quantos constem das listas de candidatos às próximas eleições é:
  • levar a um tal limite a igualdade de oportunidades que, no limite, todos deveiam ter acesso aos espaços de opinião dos jornais, rádios e televisões
  • elevar a igualdade de oportunidades a um valor quase absoluto, acima da liberdade editorial e até, como salienta a Confederação de Meios, acima do direito ao trabalho.
  • No limite, para se respeitar o entendimento de igualdade de oportunidade subjacente à recomendação da ERC, assim que nascemos devíamso todos ser colocados no mesmo espaço para termos oportunidades iguais.

O que é mais assustador - além da incompreensão do que é a liberdade de imprensa e editorial e o que é, no limite, a liberdade individual - é saber que a ERC, como funciona, é o resultado do entendimento dos dois grandes partidos do regime, o PS e PSD.

Há muito a corrigir nos media, em Portugal, como no mundo em que há liberdade de imprensa. Mas não é por aqui.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Primeiras páginas do dia


O que foi a notícia de onte (o ataque na Holanda, como se adivinha)



...e o que foi a notícia de ontem de Economia
Escolhida a partir do Newsum