O aumento de capital do BCP aí está: 1,3 mil milhões de euros. Para melhorar os rácios de solidez.
Vale ainda a pena ver este documento sobre os resultados do BCP.
A rendibilidade dos capitais próprios caiu para pouco mais de metade, de 22% em 2006 para 13,7% em 2007.
As eventuais perdas parecem estar, como se previa, na situação líquida.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
BCP com um capítulo encerrado
Hoje encerra-se um capítulo na história da crise de mais de um ano do BCP. Pode ainda não ser o fim da história, ainda que a tentação de enterrar todo o passado seja bem grande, conhecendo como conhecemos este país.
Santos Ferreira que hoje apresentou as contas de 2007 assinadas por si com as reservas que com certeza os advogados recomendaram tem condições para colocar o banco a funcionar normalmente, sem os conflitos em praça pública a que lamentavelmente assistimos no último quase um ano.
Fica para os investigadores de gestão e empresas contar a história de ascenção e queda de um projecto que durante anos fez o nosso orgulho.
Na CMVM, Banco de Portugal e Ministério Público estão as próximas difíceis tarefas de apurar o que se passou e quem foi o responsável. Será que o vão fazer?
Santos Ferreira que hoje apresentou as contas de 2007 assinadas por si com as reservas que com certeza os advogados recomendaram tem condições para colocar o banco a funcionar normalmente, sem os conflitos em praça pública a que lamentavelmente assistimos no último quase um ano.
Fica para os investigadores de gestão e empresas contar a história de ascenção e queda de um projecto que durante anos fez o nosso orgulho.
Na CMVM, Banco de Portugal e Ministério Público estão as próximas difíceis tarefas de apurar o que se passou e quem foi o responsável. Será que o vão fazer?
A entrevista de José Sócrates
A entrevista do primeiro-ministro à SIC.
Crescimento:
Como será possível crescer 3% no final da legislatura, pergunta Ricardo Costa. José Sócrates começa por dizer que herdou um problema de fraco crescimento, défice público e desemprego.
"Em 2007 o défice será inferiro a 3% mas ainda não tenho o número exacto, crescimento foi de 1,9% e criámos 94 mil empregos. Não é legítimo comparar o nosso crescimento com os outros, porque Portugal tinha um problema orçamental. Se não tivesse de reduzir despesa pública podia crescer 2,5%... O sector privado cresceu 2,5%".
Impostos
"É precipitado e irresponsável reduzir impostos sem conhecer a execução orçamental de 2007 e deste ano e sem saber o comportamento da economia deste ano".
Abusos do fisco
"Não acho que existam mais abusos que no passado. Há mais contencioso. Há mais gente a pagar impostos (...) Aumentar a eficiência fiscal é bom para a justiça social."
Certificados de Aforro
"Criámos uma nova série com novas condições. Também não podemos exigir que o Estado pague juros a mais, porque isso é pago pelos contribuintes".
A economia mudou
"Exportações com maior nível tecnológico, para novos mercados e há mais exportações. A balança tecnológica em 2007 é pela primeira vez positiva.
Regressou o investimento
Os nossos sectores tradicionais, calçado e têxtil estavam a perder competitividade. Mas o calçado recuperou".
Banca
"Já tínhamos convidado Santos Ferreira para continuar. Mas não somos donos das pessoas. O que dissémos foi para não levar todas as pessoas da administração.
Não aconselhei Armando Vara [a ir para o BCP]. Fiquei impressionado por nenhum accionista do BCP ter desmentido a intervenção do Governo. Nunca falei com nenhum deles . Ou antes, falei com o BPI quando me veio informar da fusão com o BCP. "
Sonangol em grandes empresas portuguesas
"Angola é um destino estratégico para as nossas empresas. Se a Sonangol quer ser accionista das nossas empresas é benéfico para os dois países. Nós queremos investimento."
Educação
"O sistema mais injusto para os pais, alunos e professores é não existir avaliação, aquilo que aconteceu nos últimos 30 anos".
"O mais importante que fizémos nas escolas foi aumentar os cursos profissionalizantes"
"Entre 1995 e 2005 a educação gastou o dobro com aumento de professores, diminuição de alunos e os mesmos resultados. Nestes dois anos, há o mesmo dinhero, menos professores, mais alunos e mais sucesso escolar".
Saúde
"A mudança foi feita em nome das reformas que o ministro iniciou porque as condições deterioraram-se muito. Foi esta a conclusão a que chegámos os dois. Quero elogiá-lo."
"As reformas são: melhor gestão, cortar no desperdício, e o anterior ministro foi o primeiro a cumprir o orçamento, a segunda é melhorar os cuidados primários de saúde e por isso se criaram as unidadesde saúde familiar. Existem 105 o que significa que 105 mil pessoas passaram a ter médicos família Se for a Torres Vedras verá que isso [as filas para as consultas] acabou."
Encerramento de urgências? "O nosso objectivo é melhorar antes de fechar. Aprendemos com o que fizémos. (...)"
Aeroporto e nova ponte
"Falei na Chelas Barreiro para sublinhar o parecer ténico no sentido de uma ponte ferroviária e rodoviária. Depois disso houve quem apresentasse outras alternativas e por isso achei que devíamos comparar".
Os projectos assinados por Sócrates
"Todos os projectos são da minha autoria e responsabilidade."
Quanto ao papel de Belmiro de Azevedo e do Público "Não faço processos de intenção"
Vai recandidatar-se?
"É cedo para falarmos nisso. No próximo Congresso o PS deve escolher o próximo candidato."
Sem novidades. Ou antes, o primeiro-ministro falou das reformas que agora o concentram, a saúde e a educação.
Mantém uma perspectiva optimista quanto ao crescimento da economia que é traída na resposta à possibilidade de descida de impostos. Aí diz que tudo depende da evolução do défice e da economia. A dúvida quanto ao futuro próximo sempre existe, revelando receios de que este último ano e meio de legislatura possa não correr conforme o planeado por causa da crise internacional.
Eis o resumo possível:
O desemprego:
"O desemprego é o problema social mais importante que o país tem".Crescimento:
Como será possível crescer 3% no final da legislatura, pergunta Ricardo Costa. José Sócrates começa por dizer que herdou um problema de fraco crescimento, défice público e desemprego.
"Em 2007 o défice será inferiro a 3% mas ainda não tenho o número exacto, crescimento foi de 1,9% e criámos 94 mil empregos. Não é legítimo comparar o nosso crescimento com os outros, porque Portugal tinha um problema orçamental. Se não tivesse de reduzir despesa pública podia crescer 2,5%... O sector privado cresceu 2,5%".
Impostos
"É precipitado e irresponsável reduzir impostos sem conhecer a execução orçamental de 2007 e deste ano e sem saber o comportamento da economia deste ano".
Abusos do fisco
"Não acho que existam mais abusos que no passado. Há mais contencioso. Há mais gente a pagar impostos (...) Aumentar a eficiência fiscal é bom para a justiça social."
Certificados de Aforro
"Criámos uma nova série com novas condições. Também não podemos exigir que o Estado pague juros a mais, porque isso é pago pelos contribuintes".
A economia mudou
"Exportações com maior nível tecnológico, para novos mercados e há mais exportações. A balança tecnológica em 2007 é pela primeira vez positiva.
Regressou o investimento
Os nossos sectores tradicionais, calçado e têxtil estavam a perder competitividade. Mas o calçado recuperou".
Banca
"Já tínhamos convidado Santos Ferreira para continuar. Mas não somos donos das pessoas. O que dissémos foi para não levar todas as pessoas da administração.
Não aconselhei Armando Vara [a ir para o BCP]. Fiquei impressionado por nenhum accionista do BCP ter desmentido a intervenção do Governo. Nunca falei com nenhum deles . Ou antes, falei com o BPI quando me veio informar da fusão com o BCP. "
Sonangol em grandes empresas portuguesas
"Angola é um destino estratégico para as nossas empresas. Se a Sonangol quer ser accionista das nossas empresas é benéfico para os dois países. Nós queremos investimento."
Educação
"O sistema mais injusto para os pais, alunos e professores é não existir avaliação, aquilo que aconteceu nos últimos 30 anos".
"O mais importante que fizémos nas escolas foi aumentar os cursos profissionalizantes"
"Entre 1995 e 2005 a educação gastou o dobro com aumento de professores, diminuição de alunos e os mesmos resultados. Nestes dois anos, há o mesmo dinhero, menos professores, mais alunos e mais sucesso escolar".
Saúde
"A mudança foi feita em nome das reformas que o ministro iniciou porque as condições deterioraram-se muito. Foi esta a conclusão a que chegámos os dois. Quero elogiá-lo."
"As reformas são: melhor gestão, cortar no desperdício, e o anterior ministro foi o primeiro a cumprir o orçamento, a segunda é melhorar os cuidados primários de saúde e por isso se criaram as unidadesde saúde familiar. Existem 105 o que significa que 105 mil pessoas passaram a ter médicos família Se for a Torres Vedras verá que isso [as filas para as consultas] acabou."
Encerramento de urgências? "O nosso objectivo é melhorar antes de fechar. Aprendemos com o que fizémos. (...)"
Aeroporto e nova ponte
"Falei na Chelas Barreiro para sublinhar o parecer ténico no sentido de uma ponte ferroviária e rodoviária. Depois disso houve quem apresentasse outras alternativas e por isso achei que devíamos comparar".
Os projectos assinados por Sócrates
"Todos os projectos são da minha autoria e responsabilidade."
Quanto ao papel de Belmiro de Azevedo e do Público "Não faço processos de intenção"
Vai recandidatar-se?
"É cedo para falarmos nisso. No próximo Congresso o PS deve escolher o próximo candidato."
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Chuvas de dinheiro fácil
Estradas novas inundadas, rotundas cheias de água, linha do caminho de ferro que vem do Norte intransitável, carros arrastados pelas lamas e águas que causam a morte, prédios de onde não se pode sair... e o trânsito caótico. São imagens de um país desordenado. Um exemplo aqui.
Obviamente que já se encontraram os culpados. O Ministro do Ambiente já disse que a culpa é das autarquias. O problema, diz Nunes Correia, já não é do ordenamento mas da falta de limpeza.
Do pouco que vi e li hoje diria que estamos a condenar-nos a uma catástrofes.
Estadas mal feitas vão acumulando lençois de água. Será isso dos algerozes?
Túneis recentes começam a rebentar com o peso das águas.
Casas que inundam porque estão construídas em lençóis de água.
Um dia vamos pagar bem caro a permissividade e cumplicidade com as empresas de construção e obras públicas. As fortunas que uns fizeram, o dinheiro fácil, têm como factura aquilo a que assistimos hoje e que promete ser mais grave quando vier uma chuva a sério.
Obviamente que já se encontraram os culpados. O Ministro do Ambiente já disse que a culpa é das autarquias. O problema, diz Nunes Correia, já não é do ordenamento mas da falta de limpeza.
Do pouco que vi e li hoje diria que estamos a condenar-nos a uma catástrofes.
Estadas mal feitas vão acumulando lençois de água. Será isso dos algerozes?
Túneis recentes começam a rebentar com o peso das águas.
Casas que inundam porque estão construídas em lençóis de água.
Um dia vamos pagar bem caro a permissividade e cumplicidade com as empresas de construção e obras públicas. As fortunas que uns fizeram, o dinheiro fácil, têm como factura aquilo a que assistimos hoje e que promete ser mais grave quando vier uma chuva a sério.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
O passado pode ser diferente do futuro
A economia portuguesa cresceu 1,9% em 2007 contra 1,3% em 2006, revelou o INE na sua estimativa rápida. Na área do euro, o comportamento da actividade económica no quarto trimestre é de abrandamento nas grandes economias como a Alemanha e a França, como se pode ver aqui . A Espanha não está com uma trajectória clara.
O primeiro-ministro José Sócrates mostrou-se, obviamente, satisfeito. Tem razões para isso quanto ao passado. Não sei se terá quanto ao futuro.
O abrandamento de economias como a Alemanha e França e as perspectivas pouco animadoras para a Espanha tornam o futuro menos risonho.
É verdade que a incerteza é elevada. Ninguém sabe muito bem se vai haver recessão ou se o activismo do outro lado do Atlântico conseguirá acalmar a tempestade gerada pela sub-prime. Por isso mesmo e porque estruturalmente ainda estamos longe de ter as ferramentas necessárias para crescer mais - como educação e justiça - pode ser excessivo considerar que estamos a caminho das melhores economias da União Europeia. Como entusiasticamente nos disse José Sócrates.
O primeiro-ministro José Sócrates mostrou-se, obviamente, satisfeito. Tem razões para isso quanto ao passado. Não sei se terá quanto ao futuro.
O abrandamento de economias como a Alemanha e França e as perspectivas pouco animadoras para a Espanha tornam o futuro menos risonho.
É verdade que a incerteza é elevada. Ninguém sabe muito bem se vai haver recessão ou se o activismo do outro lado do Atlântico conseguirá acalmar a tempestade gerada pela sub-prime. Por isso mesmo e porque estruturalmente ainda estamos longe de ter as ferramentas necessárias para crescer mais - como educação e justiça - pode ser excessivo considerar que estamos a caminho das melhores economias da União Europeia. Como entusiasticamente nos disse José Sócrates.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Até onde vai cair o BCP?
O BCP continua a afundar-se. Hoje já esteve cair 6%. Está em queda há quatro sessões consecutivas.
Até onde vai cair?
Até onde vai cair?
domingo, 10 de fevereiro de 2008
A subprime para durar
A frase:
"A actual tempestade financeira é séria e duradoura"
"A actual tempestade financeira é séria e duradoura"
Henry Paulson, secretário de Estado do Tesouro, EUA
Assim o disse no encontro do Grupo dos Sete no Japão onde se rejeitou a aplicação de um plano orçamental global proposto pelo director-geral do FMI.
Numa altura em que vivemos, dia 9 de Fevereiro, seis meses de crise bancária com epicentro no mercado de crédito hipotecário de alto risco nos Estados Unidos.
9 de Agosto foi o dia do reconhecimento público das autoridades monetárias, com intervenções nos mercados monetários por parte do BCE, Reserva Federal e outros bancos centrais.
As (perigosas) percentagens
Vale a pena ler (e aprender):
A Pente-Fino sobre o frequente erro das quedas superiores a 100%.
A Pente-Fino sobre o frequente erro das quedas superiores a 100%.
O BCE e o Pacto de Estabilidade
Deixem funcionar os estabilizadores automáticos, que têm maior amplitude na área do euro que nos EUA, e "não fomos nós nem a Comissão Europeia" que aprovou o Pacto de Estabilidade. Esta pode ser a síntese da resposta do presidente do BCE quando questionado sobre a utilização da política orçamental para combater a actual crise, à semelhança do que está a ser feito pelos EUA, com a aprovação de economistas e da Reserva Federal:
Pergunta:
(...)And the second question is on fiscal policy. You have been very categorical in rejecting the usefulness of discretionary fiscal policy. The US is just about to implement a discretionary fiscal package which was supported by a large number of economists, international institutions, and even the Fed. Does your rejection of this instrument have to do with the fact that the European economy might react differently from the US economy to such packages or is it that you have a different view of how the economy operates?
Resposta de Jean-Claude Trichet:
"As regards our fiscal position, again, I said that for monetary policy we have different economies, different features, structural features of the economy and different shocks that we have to cope with. One important difference between the US and Europe which I have to underline (...) is that we are balanced. We are financing our investment with our savings and we have no domestic or external imbalances. We are balanced. In the US, as you know, you have a big level of imbalance. That makes a difference on the two sides of the Atlantic. I mention that en passant but it is something which deserves to be underlined. Let me also say that when I look at the level of public spending as a proportion of GDP, we are very significantly higher in the euro area in comparison with the US. So when I say “let the automatic stabilisers do their work”, it means something much more important as a proportion of GDP in our own case than in the United States of America. So, again, when you look at the precise situation on both sides of the Atlantic, you see that you have to take everything into account. We have to take into account the Stability and Growth Pact. It is not just a matter of the Commission, which is the guardian of the Stability and Growth Pact. The Stability and Growth Pact has been decided by the governments themselves. We did not sign the Stability and Growth Pact. It is not the Commission that signed the Stability and Growth Pact. It has been signed by the governments: the unanimous governments of the European Union and, of course, the euro area."
Versão complea pode ser lida aqui.
Interessante como, indirectamente, se pode admitir que Trichet considera o Pacto de Estabilidade como um elemento que limita a adopção de medidas de política orçamental na área do euro para combater a actual situação.
Pergunta:
(...)And the second question is on fiscal policy. You have been very categorical in rejecting the usefulness of discretionary fiscal policy. The US is just about to implement a discretionary fiscal package which was supported by a large number of economists, international institutions, and even the Fed. Does your rejection of this instrument have to do with the fact that the European economy might react differently from the US economy to such packages or is it that you have a different view of how the economy operates?
Resposta de Jean-Claude Trichet:
"As regards our fiscal position, again, I said that for monetary policy we have different economies, different features, structural features of the economy and different shocks that we have to cope with. One important difference between the US and Europe which I have to underline (...) is that we are balanced. We are financing our investment with our savings and we have no domestic or external imbalances. We are balanced. In the US, as you know, you have a big level of imbalance. That makes a difference on the two sides of the Atlantic. I mention that en passant but it is something which deserves to be underlined. Let me also say that when I look at the level of public spending as a proportion of GDP, we are very significantly higher in the euro area in comparison with the US. So when I say “let the automatic stabilisers do their work”, it means something much more important as a proportion of GDP in our own case than in the United States of America. So, again, when you look at the precise situation on both sides of the Atlantic, you see that you have to take everything into account. We have to take into account the Stability and Growth Pact. It is not just a matter of the Commission, which is the guardian of the Stability and Growth Pact. The Stability and Growth Pact has been decided by the governments themselves. We did not sign the Stability and Growth Pact. It is not the Commission that signed the Stability and Growth Pact. It has been signed by the governments: the unanimous governments of the European Union and, of course, the euro area."
Versão complea pode ser lida aqui.
Interessante como, indirectamente, se pode admitir que Trichet considera o Pacto de Estabilidade como um elemento que limita a adopção de medidas de política orçamental na área do euro para combater a actual situação.
A oferta portuguesa
Pedro Braz Teixeira critica aqui o meu argumento da diversificação geográfica e de produtos como via para evitar um contágio significativo da perspectivada crise em Espanha, afirmando que nada disso se consegue no curto prazo.
Estou completamente de acordo quanto à impossibilidade de modificar estruturas no curto prazo. E no que escrevi no Negócios tentei ser bastante cautelosa quanto à expectativa de Portugal não ser contagiado por um mau desempenho na economia espanhola.
Há no entanto alguns dados que nos permitem alimentar algum, mesmo pequeno que seja, optimismo.
O Banco de Portugal, no seu relatório anual de 2006, revela as alterações estruturais na Oferta, comparando 1967 com 2004. Na intervenção que o governador Vítor Constâncio fez no Parlamento sobre o relatório anual de 2006 podem encontrar-se mais pormenores. Em 2005, as exportações de alta e média tecnologia representavam 43% do total.
Não são brilhantes estes resultados quando comparados com a Irlanda e mesmo com Espanha. Mas mostram algumas mudanças.
Estou completamente de acordo quanto à impossibilidade de modificar estruturas no curto prazo. E no que escrevi no Negócios tentei ser bastante cautelosa quanto à expectativa de Portugal não ser contagiado por um mau desempenho na economia espanhola.
Há no entanto alguns dados que nos permitem alimentar algum, mesmo pequeno que seja, optimismo.
O Banco de Portugal, no seu relatório anual de 2006, revela as alterações estruturais na Oferta, comparando 1967 com 2004. Na intervenção que o governador Vítor Constâncio fez no Parlamento sobre o relatório anual de 2006 podem encontrar-se mais pormenores. Em 2005, as exportações de alta e média tecnologia representavam 43% do total.
Não são brilhantes estes resultados quando comparados com a Irlanda e mesmo com Espanha. Mas mostram algumas mudanças.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
O BCE a arriscar
O BCE está de novo - tal como em 2001 - a correr riscos desnecessários.
Ao adiar a descida das taxas de juro - algures até Junho - adia o seu efeito na actividade económica. Quando o remédio chegar pode já não ser necessário.
Ao adiar a descida das taxas de juro - algures até Junho - adia o seu efeito na actividade económica. Quando o remédio chegar pode já não ser necessário.
Os ventos de Espanha
A perspectiva de abrandamento da actividade económica em Espanha reforça-se.
Por aqui espera-se que Portugal esteja mais robusto aos ventos espanhóis por via da diversificação das exportações por sectores e mercados.
Não querendo ser pessimista, só espero que não se verifique o mesmo desapontamento que o registado na zona euro quando o BCE em 2001 alimentou a ideia, como o está agora a fazer, que este lado do Atlântico já estava imunizado dos vírus que vinham dos Estados Unidos.
Para já, e por cá, a banca está a conseguir recursos.
Por aqui espera-se que Portugal esteja mais robusto aos ventos espanhóis por via da diversificação das exportações por sectores e mercados.
Não querendo ser pessimista, só espero que não se verifique o mesmo desapontamento que o registado na zona euro quando o BCE em 2001 alimentou a ideia, como o está agora a fazer, que este lado do Atlântico já estava imunizado dos vírus que vinham dos Estados Unidos.
Para já, e por cá, a banca está a conseguir recursos.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Carnaval negro nas bolsas
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