Mais uma daquelas maratonas do Eurogrupo com 13 horas de reunião - começou ontem, terminou hoje de madrugada.
O que surge neste momento como relevante no acordo financeiro:
» a Grécia vai obter mais um empréstimo de 130 mil milhões de euros - soma-se aos 110 mil milhões já concedidos;
» os bancos vão "perder" 53,5% do valor da dívida grega em carteira;
» o Eurosistema vai vender os títulos de dívida grega que tem em carteira e distribuir as mais-valias pelos bancos centrais nacionais que reverterão pelo menos parte desse valor para a Grécia.
E o que me parece relevante para pensar na Europa em que estamos:
» a Grécia terá de consagrar no seu quadro legal que os credores têm prioridade sobre o financiamento dos serviços públicos;
» a equipa da troika que está em Bruxelas será reforçada e acompanhará a concretização do plano.
Claro que se mantêm as dúvidas sobre a eficácia deste plano. A curto prazo é certo que a economia grega se vai afundar ainda mais. A longo prazo, dizem os exercícios de projecção que fundamentam o plano financeiro, a dívida pública da Grécia deverá cair dos actuais 160% do PIB para cerca de 120% a dez anos.
O comunicado do Eurogrupo.
As notícias pela BBC e Negócios.
Aos poucos vamos percebendo que aquilo que nos Estados Unidos e no Reino Unido foi feito de uma vez - os bancos sofreram as perdas que tinham de sofrer - na Europa andamos a transferir os erros dos bancos para os cidadãos.
Volto a citar o que um dia destes disse o director da Faculdade de Economia da UNL,Ferreira Machado: Por aqui, na Europa, culpam-se os devedores pela crise, nos Estados Unidos culparam-se os credores.
A dificuldade está em ser racional. Não culpar mas sim resolver o problema.
O que surge neste momento como relevante no acordo financeiro:
» a Grécia vai obter mais um empréstimo de 130 mil milhões de euros - soma-se aos 110 mil milhões já concedidos;
» os bancos vão "perder" 53,5% do valor da dívida grega em carteira;
» o Eurosistema vai vender os títulos de dívida grega que tem em carteira e distribuir as mais-valias pelos bancos centrais nacionais que reverterão pelo menos parte desse valor para a Grécia.
E o que me parece relevante para pensar na Europa em que estamos:
» a Grécia terá de consagrar no seu quadro legal que os credores têm prioridade sobre o financiamento dos serviços públicos;
» a equipa da troika que está em Bruxelas será reforçada e acompanhará a concretização do plano.
Claro que se mantêm as dúvidas sobre a eficácia deste plano. A curto prazo é certo que a economia grega se vai afundar ainda mais. A longo prazo, dizem os exercícios de projecção que fundamentam o plano financeiro, a dívida pública da Grécia deverá cair dos actuais 160% do PIB para cerca de 120% a dez anos.
O comunicado do Eurogrupo.
As notícias pela BBC e Negócios.
Aos poucos vamos percebendo que aquilo que nos Estados Unidos e no Reino Unido foi feito de uma vez - os bancos sofreram as perdas que tinham de sofrer - na Europa andamos a transferir os erros dos bancos para os cidadãos.
Volto a citar o que um dia destes disse o director da Faculdade de Economia da UNL,Ferreira Machado: Por aqui, na Europa, culpam-se os devedores pela crise, nos Estados Unidos culparam-se os credores.
A dificuldade está em ser racional. Não culpar mas sim resolver o problema.
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