Fonte: Banco de Portugal
A dívida externa bruta aumentou 54,5% entre Junho de 2004 e Junho de 2010. Claro que há dívida que financiou activos mas que não geraram ou estão a gerar o rendimento necessário para amortizar esta dívida.
São estes números em ligação com a nossa falta de crescimento que assustam quem nos está a financiar.
São estes números que são a razão da violência do Orçamento de 2011.
Os agentes não são racionais para olharem para esta dinâmica de endividamento e começarem a contrariar os seus consumos ajustando-os ao rendimento presente e não a um crescimento futuro que não chegou nem parece que vai chegar.
O Orçamento de 2011 é a mão visível que nos empurra para a racionalidade de regressar ao nível de vida que o rendimento que geramos torna financeiramente viável o país.
2 comentários:
Pois então, se houve e muito investimento em más mãos e com pior retorno, ele foi facilitado por que entidades?
Quem é que distribuiu Euros como pipocas e as "garantiu" com base no imobiliário avaliado como se fosse uma vaca sagrada?
É evidente que secar a procura e enxugar o derrame de liquidez que foi aplicado, em consumo puro e duro, pelas famílias e pelas empresas de bens não transacionáveis, pode ser um remédio para o futuro.
Gostava é que alguém me explicasse como se resolve o buraco do passado.
Como se paga o que já devemos?
A questão mais interessante será a de saber porque é que a comunicação social andou a esconder estes factos, durante anos a fio. Então não deveria ser supostamente imparcial? É que este facto mina a própria noção de democracia material. Será que a comunicação social depende da despesa em publicidade que o estado gasta directamente ou indirectamente através das empresas participadas?
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