Jeffrey Sachs hoje no Financial
Times (sem link aberto):
Cinco recomendações de política económica, entre elas: os governos devem explicar à opinião pública e esta deve aprender que a política económica pouco pode fazer no curto prazo para gerar empregos de elevada qualidade; os investimentos públicos devem ser orientados para transformações estruturais a longo prazo, entre os quais se contam os "projectos verdes" como os associados à energia; os governos devem criar apoios sociais, sistemas de saúde e investir em educação; e os governos devem aumentar os impostos sobre os rendimentos mais elevados - e
di-lo com a brutalidade de afirmar que têm d
e ter coragem para tributar quem lhes paga as campanhas.
Um diagnóstico:
"O facto relevante é que os Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Espanha e Grécia [junto Portugal]
sobreendividaram-se durante décadas, pelo que a queda no consumo não é uma anomalia que se deva combater mas sim um ajustamento que se deve aceitar"
E uma frase que sintetiza
genialmente os limites actuais da política orçamental (que não existiam quando os mercados financeiros eram menos sofisticados, nos anos30 do século XX):
"(...) o resultado da política orçamental depende não apenas dos impostos e das despesas actuais mas também do que se espera que venham a ser no futuro".
Acrescento que a única política que pode impedir uma depressão é a monetária, moderada com os olhos no risco de inflação.