Na sua habitual linguagem cifrada, na sua análise à economia portuguesa aqui no Negócios, aqui e aqui, o FMI avisa:
» os salários da função pública não devem ser aumentados ou, se o forem, devem sê-lo pelos mínimos (os aumentos deste ano foram muito elevados)
» a actualização prevista para o salário mínimo é "desajustada", sinónimo de que não deve ser realizada
» a alteração à regra de actualização das pensões de reforma - por causa da inflação negativa - não devia ter ocorrido e vai ser paga a prazo - ou seja, terá de se ir buscar o poder de compra que se deu agora;
» o défice público, a dinâmica da dívida pública associada ao baixo crescimento e a dívida da economia em geral coloca Portugal numa situação especialmente frágil caso ocorra mais um choque financeiro externo (por ex., se o caso do Dubai se alastrar);
» o défice público tem de ser reduzido em média 1% ao ano;
» é preciso reduzir despesas com os salários da função públicas, com as transferências sociais e com a saúde;
» é preciso aumentar receitas fiscais o que pode passar pela subida do IVA.
Os alertas estão dados. Por muito que não se goste das regras do jogo, estas são as regras do jogo.
A França vai cumprir o limite dos 3% um ano antes do previsto, dizia hoje o FT. E a Alemanha pode já cumprir este ano.
1 comentário:
vai começar a doer forte ...
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