quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Uma dívida pública que assusta


Em dez anos a dívida pública portuguesa passou de 50% do PIB para 91% do PIB.
A explosão da dívida começou o ano passado.
E a dívida é a melhor aproximação ao desequilíbrio orçamental.
Este ano vamos ter o segundo Orçamento rectificativo - para que o Parlamento autorize o Estado a endividar-se mais.

4 comentários:

elsafer disse...

assusta mesmo , porque apesar de já haver esta consciência há algum tempo , ninguém gosta de se ver "penhorado".
o estranho é que só agora o Governo parece estar com ar de assustado

Anónimo disse...

e porque é que a dívida disparou? não há nada por trás disso? e qual o andamento da dívida pública dos nossos parceiros? somos os únicos a ver disparar a dívida (e o défice) desde 2008? e qual é a alternativa?
dra. helena, faça o favor de colocar todos os ingredientes no prato. sei que isso não tem sido a prática do negócios nestes últimos tempos mas continuo a confiar na dr. helena para nos fornecer uma análise não parcial das coisas.

Manuel Brás disse...

O rastilho explosivo
da dívida do Estado,
é um sinal efusivo
do país enquistado.

A implosão orçamental
é deveras ameaçadora,
a derrocada será total
e, de facto, atrofiadora.

A cegueira orçamental
há muito denunciada,
é uma patologia mental
miseravelmente saciada.

A escorregadela foi brutal
numa superfície leitosa,
esta política orçamental
é perfeitamente desditosa.

A fertilidade vocabular
designando orçamentos
é, sem dúvida, exemplar
sem falsos refinamentos.

Chamando redistributivo
quando já foi suplementar,
ignorando o rectificativo
para a verdade enquistar.

II Parte

Uma economia arrasada
por tanta incompetência,
esta política arrevesada
feita de muita prepotência.

O quadrado circular
do défice orçamental
é uma forma de pincelar
a política governamental.

É tal a quadratura
de um círculo vicioso,
desvendando a estatura
de um discurso falacioso.

commonsense disse...

A crise internacional não serve para explicar tudo e muito menos para desculpar tudo.
Para quem não é economista, como eu, não houve ainda uma explicação convincente por parte do Governo. E também não se compreende como, nesta conjuntura, conjuntura o Governo continua a fazer negócios ruinosos como o dos contentores de Alcântara ou das auto-estradas do norte.
O negócios que são feitos com a Mota/Engil, esses então são mesmo muito difíceis de compreender.