Vital Moreira, o candidato que lidera as listas do PS às eleições europeias parece vacilar entre propostas sobre o futuro da União Europeia - que merecem o elogio - e a politiquice mais rasteira - que se deve obviamente condenar e lamentar.
“Não quero fazer más intenções, certamente por acaso, todos aqueles senhores são figuras gradas ... estamos à espera que o PSD se pronuncie sobre a vergonha a roubalheira no BPN”,
“É de uma tal gravidade, de uma tal imoralidade, que eu considero estranho que os banqueiros portugueses não se demarquem daquela situação. (...) O PSD deve dizer o que pensa sobre este escândalo".
Não desejo acreditar que a mudança de estratégia de Oliveira Costa em relação à Comissão de Inquérito - primeiro não quis falar, com o argumento de ser arguido no processo, o que continua a ser - possa estar relacionada com a campanha eleitoral.
Aos políticos exige-se responsabilidade, redobrada nos tempos difíceis em que vivemos.
Há caixas que, se abrirem, sabemos como a história começa mas nunca saberemos como acaba.
Ninguém na política, no actual modelo de financiamento das democracias, está livre de ser apanhado no turbilhão. Justa ou injustamente. E com efeitos brutais e imprevisíveis nos regimes democráticos que todos - em princípio - tanto gostamos e queremos preservar.
Não vale tudo.