quarta-feira, 27 de agosto de 2008
A nova Rússia
A nova Guerra Fria tem as regras do capitalismo - o Urso já sabe como funciona o mercado e tira partido dele.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
A banca continua abalada
O banco central dinamarquês anunciou que vai assumir o controlo do Roskilde, a sexta maior instituição do país. Injectará 607 milhões de euros com mais cem entidades financeiras. A última vez que foi preciso intervir num banco na Dinamarca foi em 1984.
Será o Lehman ( a que se refere Rogoff?)
A autoridade de supervisão sul coreana KDB alertou o Banco de Desenvolvimento da Coreia para os riscos de comprar o Lehman Brothers - traduzindo: cuidado com o que vão comprar, não se sabe o que está lá dentro e podem ser arrastados pelo tsunami.
O 9º banco a fechar portas nos Estados Unidos,
o Columbia Bank and Trust no Kansas foi encerrado pelas autoridades.
Um ano já passou e parece que a a crise não acaba.
Relendo Paul Krugman (é assustador):
"(...) em 1931 faliram cerca de metade dos bancos dos Estados Unidos (...) sobreviveram apenas os bancos extremamente conservadores, que tinham mantido em caixa uma parcela elevadíssima dos depósitos para em tempos de normalidade"
Liberdade
João César das Neves hoje no DN com o sugestivo título "O maior inimigo da Liberdade".
O excesso de regulamentação é de facto assustador. E aterrador é ver que boa parte da opinião pública apoia essas regulamentações e policiamentos vários - de que a ASAE se tornou um símbolo.
"Só perante um desastre veremos o real valor da liberdade", conclui César das Neves.
domingo, 24 de agosto de 2008
Más notícias
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
O 'call center'
Será dada prioridade a candidatos que tenham o 12º ano, garantindo desta forma a contratação de emprego qualificado.
O emprego qualificado mudou de sentido: uma empresa de limpezas pode passar a dar prioridade a licenciados que assim garante a contratação de emprego qualificado? Estaremos a ficar perturbados?
Pobre país em que primeiro-ministro se congratula com a criação de emprego num 'call center', o equivalente ao sector têxtil dos tempos modernos.
Pobre país em que uma das maiores empresas de telecomunicações faz do lançamento de um 'call center' um dos seus investimentos criadores de emprego.
Números bons, números maus
Portugal regista a quarta maior taxa de crescimento na Área do Euro para os países que existem dados, de acordo com o Eurostat . A Alemanha tem o pior desempenho.
Diz João Pinto e Castro que há um problema com os dados portugueses. De facto, o Eurostat - pode ler-se no fim do quadro com os dados - alerta que no caso português os dados estão desasonalizado MAS não estão corrigidos de dias úteis.
Assim como no primeiro trimestre, a taxa de crescimento pode ter sido prejudicada - era mais alta - por causa dos dias úteis terem sido menos (Páscoa, por exemplo), agora os dias úteis foram mais. O que pode ser anulado - pode, não fiz as contas - quando se compara o segundo trimestre com o primeiro.
De qualquer forma, indicadores como a inflação e o desemprego revelam que Portugal está a ter um desempenho melhor que o que seria de esperar.
Na inflação tem a segunda mais baixa taxa da Área do Euro. Pode não ser uma boa notícia, mais um reflexo de divergência.
E o desemprego cai. O que sendo uma boa notícia esconde um pequeno grande problema:
O emprego aumenta 1,4% no II Trimestre deste ano face a igual trimestre do ano passado.
O PIB aumenta 0,9% no II Trimestre deste ano face a igual trimestre do ano passado (ou menos por causa dos dias úteis).
=» O PIB por trabalhador caiu.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
GeorgiaPipeline
domingo, 10 de agosto de 2008
Georgia, a guerra da Energia
terça-feira, 5 de agosto de 2008
O Presidente na TV III
1Não parece ter sido muito feliz a intervenção, feita com pompa e circunstância, através das televisões, pelo sr. Presidente da República, no último dia de Julho passado, quando a maioria dos portugueses se preparava para ir de férias, procurando esquecer, por um mês, os problemas graves e complexos que os esperam no regresso. Não porque o tema que levantou não tenha pertinência e não seja uma preocupação legítima que lhe respeita. Mas pelas expectativas criadas e pelo momento e a forma que escolheu para o transmitir aos portugueses. (...) Mário Soares no Diário de Notícias
Mário Soares não diz que não é importante. Critica as expectativas criadas, o momento e a forma.
O perfil das reacções à intervenção de Cavaco Silva reforçam a convicção de que estamos perante uma nova fase nas relações entre Belém e São Bento. Do lado do PS e possivelmente do Governo estavam a ser criados pequenos cercos ao Presidente, uma acção mais ou menos de guerrilha ditada pelas ligações de Cavaco à nova líder do PSD. Belém resolveu fazer o convite à batalha a céu aberto. O outro lado recuou, desvalorizando a intervenção e ao que parece acatando todas as recomendações de Cavaco Silva para - de que é que estamos mesmo a falar? ... Ah, sim, do estatuto dos Açores.