segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A banca continua abalada

A sub-prime na Europa, do continente - na Dinamarca
O banco central dinamarquês anunciou que vai assumir o controlo do Roskilde, a sexta maior instituição do país. Injectará 607 milhões de euros com mais cem entidades financeiras. A última vez que foi preciso intervir num banco na Dinamarca foi em 1984.


Será o Lehman ( a que se refere Rogoff?)
A autoridade de supervisão sul coreana KDB alertou o Banco de Desenvolvimento da Coreia para os riscos de comprar o Lehman Brothers - traduzindo: cuidado com o que vão comprar, não se sabe o que está lá dentro e podem ser arrastados pelo tsunami.

O 9º banco a fechar portas nos Estados Unidos,
o Columbia Bank and Trust no Kansas foi encerrado pelas autoridades.

Um ano já passou e parece que a a crise não acaba.
Relendo Paul Krugman (é assustador):
"(...) em 1931 faliram cerca de metade dos bancos dos Estados Unidos (...) sobreviveram apenas os bancos extremamente conservadores, que tinham mantido em caixa uma parcela elevadíssima dos depósitos para em tempos de normalidade"
Paul Krugman, in "Uma nova recessão?" (1999) referindo-se às crises do sudeste asiático dois anos antes.

3 comentários:

Anónimo disse...

O que escreveu faz-me supor que tém medo que muitos bancos vão à falência.Será que algo a faz pensar que em Portugal estamos isentos, ou menos expostos a esse risco? Nesse contexto, a política do Sócrates relativamente aos Certificados de Aforro(incentivando a fuga para a banca) é no mínimo pouco respeitadora da segurança do dinheiro do povinho mais pobre...

João Pinto e Castro disse...

Não é forçoso que o Rogoff esteja a pensar num banco em particular. A verdade é que, se os preços das casas caíssem 20-25% nos EUA, esse valor equivaleria à totalidade do capital do sistema bancário americano. Ora a desvalorização do imobiliário já se encontra nesse nível. Logo...

Anónimo disse...

O ESSENCIAL

JdeN 26-Ago-08: nos EUA..."O preço das casas, no segundo trimestre do ano caíram 15,4% quando comparado com os dados registados no período homólogo do ano anterior, a maior queda desde que se iniciou a recolha de dados há 20 anos."

Em Portugal: No se pasa nada?

Quando o INE publica que o índice de fogo por habitante se situa em 1,9 (muitas mais casas que familias)!

Quando temos um "stock" morto de 1 milhão de fogos à venda: mais de 100% do PIB anual... "no se pasa nada?"