quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O passado pode ser diferente do futuro

A economia portuguesa cresceu 1,9% em 2007 contra 1,3% em 2006, revelou o INE na sua estimativa rápida. Na área do euro, o comportamento da actividade económica no quarto trimestre é de abrandamento nas grandes economias como a Alemanha e a França, como se pode ver aqui . A Espanha não está com uma trajectória clara.

O primeiro-ministro José Sócrates mostrou-se, obviamente, satisfeito. Tem razões para isso quanto ao passado. Não sei se terá quanto ao futuro.

O abrandamento de economias como a Alemanha e França e as perspectivas pouco animadoras para a Espanha tornam o futuro menos risonho.

É verdade que a incerteza é elevada. Ninguém sabe muito bem se vai haver recessão ou se o activismo do outro lado do Atlântico conseguirá acalmar a tempestade gerada pela sub-prime. Por isso mesmo e porque estruturalmente ainda estamos longe de ter as ferramentas necessárias para crescer mais - como educação e justiça - pode ser excessivo considerar que estamos a caminho das melhores economias da União Europeia. Como entusiasticamente nos disse José Sócrates.

1 comentário:

Anónimo disse...

Dos conceitos da macroeconomia, o conceito individual mais importante é o PIB que quantifica o valor total dos bens e serviços produzidos num país.
Os números apresentados permitem aos políticos determinar que a economia está em expansão e se há ameaças de recessão ou inflação.
O PIB é igual ao total da produção de bens de consumo e investimento, das compras do Estado e das exportações líquidas para outros países, e... é aqui que o futuro pode ser diferente. Mas, José Sócrates tem razão para estar satisfeito em relação a 2007, O PIB cresceu ao mesmo tempo que diminui o défice, contrariando mesmo alguns analistas mais críticos que afirmam que existe uma obsessão demasiada pelo défice que castrava o crescimento económico. José Sócrates, parece que provou o contrário!