Os líderes europeus parecem fazer questões de respeitar as premonições dos ditos mercados.
A Espanha, por mais que diga que não Mariano Rajoy, caiu nas garras do resgate.
Um modelo um pouco mais desenvolvido - um empréstimo só para a banca que ninguém sabe nem garante que fique por aí, uma vez que ninguém sabe se a decisão de pedir apoio financeiro vai reabrir os mercados financeiros que estavam quase a fechar-se para Espanha.
Mas claro que o modelo de apoio - um empréstimo que pode chegar aos cem mil milhões de euros - vai envolver condições políticas adicionais a Espanha. Nem fazia sentido que fosse de outra forma. As políticas podem não ser as mesmas - até porque muitas delas já estão consagradas nos objectivos para o défice público - mas alguma condicionalidade terá de ser aplicada.
A alternativa á ausência de nova condicionalidade é a revisão dos programas aplicados à Grécia, Irlanda e Portugal. O que não parece, ainda, politicamente viável.
Quanto mais tempo passa mais claro se torna que a Europa teve um problema com a sua banca que não quis resolver nem assumir como o fizeram o Reino Unido e os Estados Unidos. Mesmo Portugal.
E ainda não é desta vez que a Zona Euro consegue resolver de vez o problema em que se enredou. Para já só comprou tempo até ao próximo domingo, o dia das eleições gregas.
Notas finais:
A declaração do Eurogrupo sobre Espanha onde se explicita a condicionalidade e se afirma que será o Estado espanhol que assumirá a responsabilidade pelo pagamento do empréstimo - ou seja, os contribuintes espanhóis.
Para quem se quiser debruçar sobre
a situação do sistema financeiro espanhol pode ler o relatório publicado pelo FMI