domingo, 8 de fevereiro de 2009

Sobre a vida (e morte) do jornalismo 2

As redacções portuguesas estão hoje repletas de gente profundamente impreparada. (...)
E não se pense que isto se aplica apenas aos jovens estagiários. Nada disso. Pela escala acima, incluindo editores e mesmo directores, é uma desgraça. Não é apenas o factor juventude - embora também o seja -, mas acima de tudo o factor cultura. Cultura, no sentido mais lato do conceito, mas também mera cultura jornalística. E cultura cívica, principalmente.
escreve jmf no seu segundo post, a ler.

Correndo o risco de ser acusada de estar a defender a corporação:
  1. ...gente profundamente impreparada, não posso concordar. Há hoje nas redacções jornalistas muito mais preparados que no passado, quando se tratam de matéria técnicas.
  2. ... falta de cultura cívica, assim é se incluirmos aqui a leviandade com que algumas matérias parecem ser tratadas. Nomeadamente as que envolvem direitos individuais. Esquecemo-nos frequentemente que não estamos e nunca devemos julgar ninguém. Que, por muito que confiemos numa fonte, quando a acusação ou critica se dirige a alguém, temos o dever de o ouvir.
  3. ... falta de cultura cívica, sem querer desculpar-me, diria que todos nós padecemos desse mal. A leviandade com que criticamos, por exemplo, a classe política é reveladora. Como professora de jornalismo enfrento frequentemente afirmações de jovens alunos sobre a política que são aterradoras, autênticas conversas de café. (que, obviamente, tento corrigir).

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